Holocausto Nuclear é o risco de extinção da vida humana na Terra em função de uma guerra nuclear.
Durante a Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos desenvolveram uma tecnologia baseada em partículas atômicas chamada de nuclear. O resultado obtido foi fruto de muitas pesquisas de alguns dos mais importantes cientistas do século XX, incluindo Albert Einstein. Quando essa tecnologia foi adaptada para fins militares, gerou uma arma capaz de promover grande destruição, a bomba atômica.
Após alguns anos de testes em locais isolados, os Estados Unidos resolveram utilizar seu novo armamento na guerra. A Segunda Guerra Mundial já estava muito perto do fim, pois os dois principais países articuladores da mesma na Europa, Alemanha e Itália, já estavam anunciando suas rendições. Entretanto, o grupo de países que era conhecido como membros do Eixo contava ainda com o Japão entre seus principais membros, um representante do extremo oriente. Em 1941, o Japão atacara uma base militar dos Estados Unidos no Hawaii chamada Pearl Harbor de surpresa, já que, naquele momento, o país americano ainda não estava envolvido com a guerra vigente. O ataque foi poderoso, pegou os estadunidenses de surpresa e contou com a ação dos famosos pilotos kamikazes, que se matavam para destruir também o inimigo. A destruição foi grande para os estadunidenses e o número de mortos também foi elevado. O ataque japonês causou a entrada dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial. No final deste conflito foi a vez da vingança estadunidense.
Os Estados Unidos usaram pela primeira vez na história o armamento nuclear em um ataque aéreo sobre as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki. As duas cidades foram destruídas quase que por completo. Parte em função da explosão da bomba e parte em função da radiação extremamente maléfica causada por ela. O ataque nuclear deixaria consequências por muitas gerações nos habitantes das duas cidades. Os Estados Unidos demonstravam, assim, seu enorme poderio militar ao fim da Segunda Guerra Mundial e o Japão, sem forças para reagir, declararia sua rendição e colocaria fim definitivo ao conflito mundial, iniciando uma nova era de disputas no século XX, a Guerra Fria. Pouco tempo depois, a União Soviética declararia oficialmente também possuir armamento nuclear.
A Guerra Fria recebeu este nome em função da disputa ideológica entre capitalismo e socialismo e da não existência de confronto direto entre os principais correspondentes de cada vertente, Estados Unidos e União Soviética, justamente por receio do poderio militar. A segunda metade do século XX viveu temerária apreensão de um conflito baseado em tecnologia nuclear e que poderia ser destruidor o suficiente para extinguir a vida no planeta Terra. O ano de 1961 marcou um momento crítico dessa tensão existente na Guerra Fria, pois um problema diplomático envolvendo Cuba quase colocou Estados Unidos e União Soviética em conflito direto, foi a chamada Crise dos Mísseis. Na ocasião, Cuba havia se tornado recentemente o primeiro país no continente americano a se alinhar ao socialismo e cederia seu território para instalação de uma base militar soviética que abrigaria mísseis apontados para os Estados Unidos. Não só o fato de ser alvo incomodava os estadunidenses, Cuba era estrategicamente muito bem posicionada para um ataque ao país capitalista e representava também um grande incômodo para seus interesses ao permitir a entrada da ideologia socialista de modo oficial no continente americano. Em resposta à atitude dos soviéticos, os estadunidenses montaram também uma base militar com mísseis apontados para a União Soviética até que providências fossem tomadas sobre o caso de Cuba. O desentendimento entre as duas grandes potências da Guerra Fria quase resultou em conflito direto e aumento o medo do que ficaria conhecido como Holocausto Nuclear.
Holocausto é um termo que ganhou reconhecimento especialmente com a Segunda Guerra Mundial ao designar a matança de mais de seis milhões de judeus por ação da política nazista. O termo é muito debatido e, por vezes, rejeitado, mas ganhou popularidade e reconhecimento social na segunda metade do século XX, em resumo, como ato de extermínio. A princípio, somente Estados Unidos e União Soviética, os dois protagonistas da Guerra Fria, eram países detentores da tecnologia nuclear com fins militares. Isso já era motivo suficiente para deixar a humanidade apreensiva e receosa do tal Holocausto Nuclear.
Com o passar dos anos, outros países desenvolveram a tecnologia nuclear e produziram suas próprias bombas atômicas. Em 1986, já com a União Soviética muito enfraquecida e em um contexto de conclusão da Guerra Fria, um acidente nuclear em Chernobyl temperou o receio ao Holocausto Nuclear. A cidade foi varrida por uma onda de radioatividade decorrente de um incidente nas usinas nucleares e permanece, até hoje, isolada pelo risco oferecido. Alguns países extremistas do Oriente Médio também investiram e investem em tecnologia nuclear e colaboram com a tensão que envolve o termo Holocausto Nuclear. Embora a fase mais crítica para a erupção de um conflito armado de nível mundial tenha passado com o fim da Guerra Fria, o assunto, mesmo não tratado com tanta assiduidade como antes, ainda é uma preocupação para a humanidade e, desta vez, por outro motivo, o grande número de países detentores de bombas atômicas e suas respectivas posturas políticas e culturais. Da Segunda Guerra Mundial aos dias atuais, a tecnologia nuclear desenvolveu-se significativamente e a capacidade desses armamentos foi ampliada. Não há dúvidas que um novo conflito internacional que faça uso desses artifícios seria desastroso para a vida humana, resultando no extermínio em função de explosões ou da maléfica radiação gerada.
Fontes:
http://www.iea.usp.br/iea/textos/amorimdesequil%EDbriounipolar.pdfhttp://www.geosaber.com.br/2010/08/holocausto-nuclear.html
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-40141995000300004&script=sci_arttext
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/curiosidades/holocausto-nuclear/