A cinética é a parte da química que estuda particularmente a velocidade das reações e os fatores que a influenciam. Como velocidade de uma reação compreende-se a taxa de tempo na qual ocorre a decomposição dos reagentes e a formação dos produtos. Nesse contexto, algumas reações químicas são extremamente lentas, como a formação do petróleo, por exemplo, enquanto outras são incrivelmente rápidas, como a reação que infla um airbag.
Faz parte integrante da eficácia de um airbag a resistência do material que o constitui e a sensibilidade do dispositivo que desencadeia o processo. “A bolsa, fina e resistente, é fabricada em nylon e fica dobrada em um compartimento especial. O sensor de colisão é formado por um acelerômetro e um circuito integrado, que detectam e analisam as variações de velocidade. Ele é programado para ignorar pequenas diminuições de velocidade (que ocorrem, por exemplo, quando o carro freia bruscamente). Entretanto, se a desaceleração for muito grande, equivalente a uma batida contra um muro de tijolos a uma velocidade acima de 16 Km/h, o sensor envia um sinal para inflar a bolsa”2.
O princípio de funcionamento de um airbag típico é a velocidade de decomposição de um composto chamado de azida de sódio (NaN3), a qual é mais rápida do que um piscar de olhos, cerca de 20 milésimos de segundo. O NaN3 é muito instável e tóxico, sendo adicionado no interior do airbag em estado sólido. No momento em que se dá a ignição elétrica, a temperatura chega a aproximadamente 300 graus Celsius, suficiente para o desencadeamento da reação de decomposição, que produz sódio metálico (Na) e gás nitrogênio (N2), o qual infla completamente e instantaneamente o airbag.
Referências:
1. http://sec.sbq.org.br/cd29ra/