Pernambuco carrega junto à própria história, a história da formação do Brasil. Apoderado pelos portugueses no início do século XVI e invadido pelos holandeses durante o século XVII, o estado desenvolveu larga autonomia frente a outras unidades federativas brasileiras. Ainda assim, atualmente, apresenta uma das piores taxas de mortalidade infantil, um dos maiores índices de analfabetismo e um dos piores Índices de Desenvolvimento Humano (IDHM) do país.
É o segundo estado mais populoso do Nordeste (atrás apenas da Bahia) e o sétimo maior do Brasil. Sua população é de 9.345.173 habitantes (est. 2015), distribuída entre os 185 municípios do território pernambucano. A maioria está concentrada na porção leste do estado, especialmente na Zona da Mata e na Região Metropolitana (RM) de Recife. Entre as cidades mais populosas do estado estão: Recife (1.617.183 hab.), Jaboatão dos Guararapes (686.122 hab.), Olinda (389.494 hab.), Caruaru (347.088 hab.) e Petrolina (331.951 hab.).
A densidade demográfica do estado é de 95,06 hab./km², o equivalente à de países como Áustria e Romênia. Sua população é predominantemente composta por mulheres (52,28%), sendo o estado mais feminino do Nordeste e o segundo do Brasil. 81,06% da população é urbana, ante 18,94% que vive em áreas rurais do estado. Quanto à cor, a maioria se considera parda (59,07%), seguida de brancos (33,29%), pretos (6,80%), indígenas (0,62%) e amarelos (0,21%). Crianças e adolescentes até 14 anos somam 22,93%, já idosos com 65 anos ou mais são 9,68%. Outros 67,39% têm entre 15 e 64 anos, idade considerada apta para o desenvolvimento de atividades econômicas.
Nos últimos anos, a taxa de crescimento de Pernambuco tem caído em ritmo acelerado, ainda que já esteja em maior sintonia com a média nacional. Em 2001, o índice era de 1,14, enquanto que no Brasil era de 1,40. Em 2015, a taxa de crescimento da população pernambucana caiu para 0,73, já a média nacional diminuiu para 0,83. Neste ritmo, a estimativa é de que o estado ultrapasse os 10 milhões de habitantes apenas em 2028.
Entre os fatores que podem ser atribuídos a esta queda estão a taxa de fecundidade e a taxa de mortalidade infantil. Em 1991, a média do número de filhos por mulher no estado era de 3,31, já em 2010, cada mulher passou a ter, em média, 1,92 filho – a taxa de fecundidade mais baixa de toda a região Nordeste. Além disso, o número de óbitos de crianças com até um ano de idade é o oitavo maior do Brasil. A taxa de mortalidade infantil de Pernambuco é de 20,43 para cada mil nascidos vivos. Por outro lado, a esperança de vida ao nascer dos pernambucanos é 72,32 anos, o terceiro maior valor entre os estados do Nordeste.
Outro aspecto preocupante é a educação no estado. Apesar dos números estarem entre os melhores da região Nordeste, atrás apenas da Bahia, Pernambuco ocupa a oitava colocação no ranking da taxa de analfabetos no Brasil. 22,23% da população com mais de 25 anos não sabe ler nem escrever. Menos da metade da população com 25 anos ou mais tem o Ensino Fundamental (43,05%), número que cai ainda mais no que se refere aos concluintes dos ensinos Médio (30,59%) e Superior (8,01%).
Além disso, 12,32% dos pernambucanos é extremamente pobre, ou seja, possuem uma renda igual ou inferior a R$80 mensais per capita. Tudo isso atribui a Pernambuco a 19ª posição no ranking do IDHM com 0,673 (a média brasileira é de 0,727). Ainda assim, o número é o terceiro maior entre os estados do Nordeste, ficando atrás apenas de Rio Grande do Norte (0,684) e Ceará (0,682).
Referências bibliográficas:
ALMANAQUE Abril. São Paulo: Abril, 2015.
ATLAS do Desenvolvimento Humano no Brasil. Disponível em: <http://atlasbrasil.org.br/2013/>.
IBGE. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/>.
SANTOS, Patrícia Cardoso dos (et al.). Enciclopédia do Estudante: geografia do Brasil: aspectos físicos, econômicos e sociais. São Paulo: Moderna, 2008.