A invasão do território cearense por portugueses aconteceu somente no início do século XVII. Alguns anos depois foram os holandeses que dominaram a região e deram origem à Fortaleza. Descendentes de africanos, indígenas e europeus compõem este estado de 8.904.459 habitantes, o terceiro maior do Nordeste e o oitavo maior do Brasil. Ao todo, 184 municípios formam o Ceará. Dentre os mais populosos estão: Fortaleza (2.591.188 hab.), Caucaia (353.932 hab.), Juazeiro do Norte (266.022 hab.), Maracanaú (221.504 hab.) e Sobral (201.756 hab.). A densidade demográfica do estado é de 59,8 habitantes por quilômetro quadrado, o equivalente à de países como o Iraque e o Uzbequistão.
Entre as características populacionais, 51,37% dos cearenses são mulheres. Os domicílios em área urbana somam 73,52% do total. A maioria da população se considera parda (65,83%), seguida de brancos (30,04%), pretos (3,86%), indígenas (0,21%) e amarelos (0,05%). Na divisão por faixa etária, 22,66% tem idade entre 0 e 14 anos, enquanto 67,50% está entre os 15 e os 64 anos de idade. Já a população com 65 anos ou mais equivale a 9,84% dos cearenses, sendo a maior população idosa do Nordeste e a terceira maior do Brasil.
A taxa de crescimento populacional do Ceará é de 0,70, abaixo da média nacional que é de 0,83. A estimativa é de que uma criança nasça a cada nove minutos e dez segundos no estado. Neste ritmo, espera-se que a população cearense ultrapasse os 9,5 milhões de habitantes apenas entre 2027 e 2028. Isso porque além da baixa taxa de crescimento, o estado também vendo diminuindo a sua taxa de fecundidade. Em 1991, Ceará apresentava o terceiro maior número de filhos por mulher do Nordeste (3,73). Este índice caiu para 2,84, em 2000, e foi a 1,99, em 2010.
Um aspecto que chama atenção para o estado é a educação. Ceará tem quinta pior taxa de analfabetismo do país entre pessoas com 18 anos ou mais. Ao todo, 20,14% dos cearenses nesta faixa etária não sabem ler nem escrever. Número que sobe para 23,95% se for levada em conta somente a população com 25 anos ou mais. Apesar disso, se considerada a população com 18 anos ou mais, o estado tem o maior número de concluintes do Ensino Fundamental da região Nordeste (48,83%). Esse número cai para 29,23% se considerados aqueles com 25 anos ou mais que possuem o Ensino Médio completo. E quando se fala em Ensino Superior, Ceará possui o quinto menor número de graduados do país – apenas 7,16% da população possui diploma universitário.
A pobreza no estado é outro fator preocupante. 14,69% da população é extremamente pobre, ou seja, tem renda per capita domiciliar igual ou inferior a setenta reais mensais. Além disso, apenas 1/4 da população tem acesso à coleta de esgoto. Por outro lado, o estado apresenta também a menor taxa de mortalidade infantil do Nordeste. Para cada mil nascidos vivos, 19,29 não completam o primeiro ano de vida. A esperança de vida ao nascer cearense também é a maior dentre os estados do Nordeste: 72,60 anos (a média nacional é de 73,94 anos).
Com tais índices, o Ceará apresenta o segundo maior IDHM do Nordeste (0,682), puxado pelo critério longevidade. Entretanto, no ranking nacional, o estado figura na 17ª posição, muito distante do primeiro colocado, o Distrito Federal (0,824).
Referências bibliográficas:
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