Bronzeamento Artificial

Por Marina Martinez
Categorias: Dermatologia, Saúde
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A demanda por se adquirir um bronzeado da moda ou para fins cosméticos, tem levado ao crescimento da indústria de bronzeamento artificial em todo o mundo, com destaque para os países do ocidente. Bronzeamento artificial inclui vários recursos artificiais para se adquirir uma pele bronzeada, tais como câmaras de bronzeamento, pílulas de bronzeamento, sprays e loções de bronzeamento.

A exposição à luz ultravioleta do sol é essencial para saúde humana. Quando a pele é exposta à luz solar, o corpo humano produz vitamina D. Esta vitamina é muito importante para o desenvolvimento dos ossos e dentes, e também atua no sistema imunológico. No entanto, a exposição demasiada aos raios ultravioleta do sol pode causar certos tipos de cancros da pele. Muitas pessoas optam por trocar o bronzeado do sol pelo artificial, achando esta última opção mais segura. Não só por isto, mas também pela praticidade e rapidez com que a pele fica bronzeada.

Câmara de bronzeamento artificial. Foto: ALPA PROD / Shutterstock.com

Porém, estudos mostram que muitos métodos de bronzeamento artificial podem causar uma série de malefícios para a pele, principalmente as câmaras de bronzeamento artificial. As pessoas costumavam pensar que o bronzeamento em cabines era mais seguro do que o obtido através do sol. As lâmpadas de bronzeamento artificial usadas nestas câmaras imitem a luz solar e proporciona uma dose intensa e concentrada de raios ultravioleta (98% de UVA e 2% de UVB). A concentração dos raios ultravioleta A, que têm maior poder de penetração na pele, é duas a três vezes maior que a luz solar e estão relacionados com o aparecimento de melanoma (a forma mais grave de câncer de pele), envelhecimento da pele, dano ocular (catarata, fotoqueratite, fotoconjutivite) e outros efeitos adversos para a saúde. Além disto, se essas câmaras não forem devidamente limpas pode causar a propagação de infecções.

Vale à pena analisar os prós e contras antes de entrar em uma cabine de bronzeamento artificial. É importante ressaltar que os efeitos nocivos dos raios ultravioletas não são visíveis imediatamente e aparecem em longo prazo. Os danos da irradiação são cumulativos e podem se manifestar somente após alguns anos. Também é interessante o consumidor reconhecer o seu tipo de pele para saber se pode passar por sessões de bronzeamento artificial. Por exemplo, pessoas que possuem pele muito clara tendem a sofrer reações de queimadura facilmente e o diagnóstico do tipo de pele é fundamental em clínicas que oferecem este tipo de bronzeamento.

Pílulas de Bronzeamento

Para evitar os danos causados pelos raios ultravioletas, criaram-se uma nova forma de bronzeamento artificial, as chamadas pílulas de bronzeamento. Estas contêm cantaxantina, um carotenóide comumente usado como corante aditivo em certos alimentos. Após o consumo destas pílulas, a pele fica com a cor laranja-marrom. Porém estas pílulas têm sido relacionadas com o aparecimento de algumas doenças tais como hepatite e retinopatia cantaxantínica. Efeitos colaterais, incluindo danos ao sistema digestivo e na superfície da pele também foram percebidos com o uso da pílula.

Loções e Sprays de Bronzeamento

Há também as loções e sprays de bronzeamento que contém dihidroxiacetona (DHA) como ingrediente ativo. O bronzeado por meio destes produtos acontece devido à interação do DHA com as células mortas da pele. O bronzeado é temporário e irá desaparecer em torno de alguns dias.

Os aceleradores de bronzeamento artificial, disponíveis como cremes e pílulas, também são muito utilizados. Estes produtos contêm um aminoácido chamado tirosina, que estimula e aumenta a formação de melanina, acelerando o processo de bronzeamento. Estes produtos são usados em conjunto com a exposição dos raios ultravioletas, para se adquirir o bronzeado almejado.

Referências Bibliográficas:
https://web.archive.org/web/20110723173053/http://boasaude.uol.com.br/lib/ShowDoc.cfm?LibDocID=2854&ReturnCatID=1572
https://web.archive.org/web/20110723190644/http://boasaude.uol.com.br/lib/ShowDoc.cfm?LibDocID=3998&ReturnCatID=666
http://www.conteudoglobal.com/beleza/bronzeamento_artificial/
https://web.archive.org/web/20111030102148/http://veja.abril.com.br:80/201004/p_100.html
https://web.archive.org/web/20140410131514/http://saude.hsw.uol.com.br/questao639.htm

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