O eritema ab igne trata-se de uma lesão de pele reticular pigmentada com telangiectasias decorrente da exposição prolongada ao calor (acima de 45°C).
Dentre as causas estão as diferentes fontes de calor, como bolsa de água quente, braseiros, fornos, laptops e radiadores a vapor quando situados próximos à pele. Além disso, já foram relatados casos de eritema ab igne ocasionados por tratamentos fisioterápicos para dor crônica, utilizando ultrassom e diatermia de ondas curtas para promover uma vibração exacerbadamente veloz nos tecidos de forma a gerar calor e, como consequência, dilatação local e minimização da dor.
Comumente consiste em uma lesão assintomática, mas que pode vir acompanhada de ardência e prurido. Outras manifestações clínicas características incluem hiperpigmentação reticulada, leve descamação, atrofia epidérmica e telangiectasias. Os locais do corpo mais acometidos são o abdômen, os membros inferiores e superiores, as mãos e as costas.
Histopatologicamente, é possível observar fragmentação do colágeno, deposição de melanina e hemossiderina, surgimento de telangiectasias, infiltrado de leucócitos polimorfonucleares, de linfócitos e de histiócitos.
Como consequência do eritema ab igne, já foram observadas bolhas, atrofia, hiperpigmentação residual, carcinoma epidermoide e queratoses. Em raros casos, podem ser vistos psoríase, líquen plano e lúpus no local da lesão.
O tratamento é feito utilizando-se cremes à base de fluorouracil. Esta pode ser útil para inibir o metabolismo de queratinócitos displásicos. Além disso, é importante manter distância de fontes de calor, para que seja possível que a lesão desapareça progressivamente. Caso a exposição à fonte de calor não foi evitada, é possível que a lesão se torne permanente.
Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/