De acordo com a definição do Grande Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, tipografia é o “conjunto de procedimentos artísticos e técnicos que abrangem as diversas etapas da produção gráfica (desde a criação dos caracteres até a impressão e acabamento), espelhados no sistema de impressão direta com o uso de matriz em relevo; imprensa”.
Geralmente, as composições tipográficas têm como objetivo a boa legibilidade e a construção de um visual envolvente, que atraia o leitor e contextualize com o conteúdo e o intuito da publicação. No caso de obras que utilizam o design como forma de expressão, apresentando experimentalismo no design gráfico, os objetivos estéticos ultrapassam questões como a legibilidade da tipografia.
Na utilização da tipografia, o desenvolvimento da parte visual é realizado através da escolha de fontes tipográficas, layout dos textos e tonalidades. Porém, estas opções precisam harmonizar com todos os elementos presentes na página. Com a combinação destes fatores, normalmente realizado através de trabalho entre diversos profissionais de uma empresa de comunicação, o objetivo final pretendido é que a atmosfera adapte-se ao conteúdo da publicação. Entre as principais preocupações dos tipógrafos (designers gráficos) estão: escolha da tinta, métodos de impressão e papel adequado.
A tipografia utilizada como ferramenta da indústria gráfica, em um primeiro momento, era essencialmente uma tarefa de tipógrafos. Após algum tempo surge uma atividade especializada no desenvolvimento de tipos. Esta tarefa, que passou a ser chamada de designer de tipo, era realizada por puncionistas ou gravadores de tipos muitos antes do termo designer tornar-se popular no vocabulário da profissão. Alguns dos mais importantes designers de tipo foram Giambattista Bodoni e Claude Garamond, sendo que seus sobrenomes foram utilizados para denominar fontes clássicas e utilizadas com frequência em programas de texto.
Baseada em paralelepípedos pequenos feitos de metal com relevos que formavam símbolos, números e letras, no início, a tipografia era feita com tipos móveis. Na China já se notava a presença de tipos móveis rudimentares, mas foi no século XV que ocorreu o aperfeiçoamento dos tipos. Johannes Gutenberg, inventor e gráfico de origem alemã, foi o responsável pelo desenvolvimento de tipos gráficos feitos em metal e pelo aperfeiçoamento da prensa móvel tipográfica. Suas inovações basearam-se no conceito de reutilização dos tipos no intuito de compor textos diferentes.
Utilizados até hoje, os avanços propostos pelo alemão foram a base da imprensa por muito tempo. Segundo definição de Marshall McLuhan, essa revolução, que iniciou a comunicação em massa, deu início ao “homem tipográfico”. Porém, com a revolução tecnológica, computadores com edição de texto substituíram a prensa, mas sua formatação, grafia e estilo da tipografia ainda permanecem.
Fontes:
http://tipografos.net/historia/
http://www.2ab.com.br/tipografia-digital-o-impacto-das-novas-tecnologias-4-edicao-revista-e-atualizada-p362/http://pt.wikipedia.org/wiki/Johannes_Gutenberg
http://houaiss.uol.com.br/busca?palavra=tipografia
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/design-grafico/tipografia/