A agalaxia contagiosa trata-se de uma desordem infecciosa que acomete ovinos e caprinos e tem como agente etiológico a bactéria do gênero Mycoplasma, em especial a M. agalactiae, embora também possa ser causada pela M. capricolum, M. mycoides e M. putrefaciens.
No Brasil, é especialmente importante na região Nordeste, principalmente na Paraíba, onde houve surto desta desordem em 2001 a 2002.
O agente causador da agalaxia contagiosa pode estar presente no ambiente, como solo, água e também nas excreções e secreções dos animais contaminados, como fezes e leite.
O período de incubação varia de 12 a 18 horas. As manifestações clínicas incluem:
- Mastite;
- Agalaxia;
- Artrite;
- Ceratoconjuntivite;
- Fraqueza generalizada;
- Hipertermia;
- Pneumonia;
- Aborto.
O diagnóstico pode ser alcançado por meio da identificação de anticorpos no soro, através do teste de fixação do complemento ou teste imunoenzimático (ELISA). Para a confirmação da presença da doença em locais considerados livres da doença, geralmente é preciso isolar os animais, visando fazer a identificação do agente etiológico infectante.
O uso de antibióticos não é muito eficaz. Pesquisas alternativas apontam que a bioterapia (medicamentos homeopáticas) auxilia na diminuição da infecção pela bactéria do gênero Mycoplasma e não oferece risco à saúde humana e produção de leite e derivados.
Por levar à queda na produção leiteira de ovinos e caprinos, causa um grande impacto na economia. Na economia nordestina, este impacto é notório, uma vez que a criação dessas espécies nessa região do Brasil representa uma significativa fatia da economia local.
O controle é feito evitando a entrada de animais suspeitos de albergarem a bactéria em rebanhos inócuos. Quando algum animal encontra-se infectado, deve ser isolado e tratado.
Fontes:
http://www.portaleducacao.com.