Síndrome de Wobbler

Por Débora Carvalho Meldau

Graduada em Medicina Veterinária (UFMS, 2009)

Categorias: Doenças animais
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O termo síndrome de Wobbler é oriundo de uma patologia equina, que leva à incoordenação motora. Contudo, a versão canina é mais corretamente chamada de espondilose cervical caudal e caracteriza-se por um andar estranho em decorrência da pressão exercida na medula espinhal cervical.

Esta enfermidade é relativamente comum em raças de grande porte, sendo que em torno de 80% dos casos são observados em cães da raça Doberman e Dogue Alemão. No entanto, também é descrita em Dálmata, Pastor Alemão, São Bernardo, Labrador, Golden Retriever, Rottweiler, Boxer, Basset Hound, Old English Sheepdog, Fox Terrier, Chow Chow, dentre outros.

Esta patologia apresenta diversas causas, como fatores ligados ao crescimento, nutrição, mecânicos e genéticos, que leva à estenose do canal vertebral, o que, após inúmeras alterações nas estruturas internas do canal vertebral, resultará na produção de osteófitos.

As manifestações clínicas refletem a lesão existente (medular e/ou radicular). O animal pode apresentar andar cambaleante, mais perceptível nos membros posteriores, ataxia progressiva e paresia. Nos casos mais graves, também pode haver tetraparesia. Nos casos crônicos poda haver atrofia nos membros anteriores e a dor cervical nem sempre está presente.

O quadro clínico apresentado pelo animal sugere a presença da patologia em questão. Contudo, exames clínico e neurológico completo devem ser realizados. Radiografias evidencia a presença do desalinhamento vertebral; todavia, não mostram a compressão da medula espinhal. Uma mielografia, na qual é introduzido um contraste no interior do canal da medula espinhal, revela quando há a presença de estenose do canal medular e consequente compressão da medula espinhal.

Nos casos iniciais da patologia, o tratamento pode ser feito com anti-inflamatórios e analgésicos. No entanto, o alívio proporcionado pelos mesmos será temporário e, ao passo que a doença evoluir, estes fármacos deixarão de fazer efeito. O tratamento definitivo é o cirúrgico, no qual é feita a descompressão da medula, reposicionamento e estabilização das vértebras.

Após a cirurgia, nos casos de incoordenação, a probabilidade de sucesso é grande. Quando o animal apresenta paresia dos quatro membros, a probabilidade de sucesso cai drasticamente.

Fontes:
http://www.bichosbrasil.com.br/sindrome-wobbler/
http://www.coelhoskennel.com/pitbullportugal/index.php?n=13&a=340
http://petcare.com.br/blog/sindrome-de-wobbler-ou-espondilomielopatia-cervical/
http://bahr-bituricos.blogspot.com/2007/06/sndrome-de-wobbler.html

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