A acromegalia é uma síndrome causada pela hipersecreção do hormônio de crescimento (GH e IGF-I), quando este aumento se dá na idade adulta. Como ocorre na fase adulta, o crescimento ocorre nas partes moles; antes da puberdade ocasiona o gigantismo.
No geral, a elevada secreção do GH é proveniente das células somatotróficas da hipófise anterior, que devido a um defeito intrínseco resulta na ativação de um fator de crescimento celular ou a inativação de um fator inibidor de proliferação testicular, levando ao surgimento de um adenoma funcionante autônomo.
Os principais sintomas dessa doença são pés e mãos grandes apresentando uma face característica, com aumento da região frontal (testa); aumento do nariz, dos lábios, mandíbula e queixo; perdas dentárias; cefaléia.
Os pacientes podem apresentar também engrossamento da pele com aumento da oleosidade e sudorese, engrossamento da voz, aumento do diâmetro torácico, aumento dos órgãos genitais, surgimento de formigamento das mãos e pés e dores articulares, especialmente na coluna, quadril, joelhos e tornozelos. Alterações metabólicas também estão presentes, dentre elas: diabetes mellitus, pressão alta, litíase renal, insuficiência cardíaca e aumento de colesterol e trigliceres.
Quando o diagnóstico é tardio, podem ocorrer alterações visuais devido à compressão do nervo óptico por parte do tumor hipofisário, geralmente associado a um quadro de cefaléia intensa. Devido às alterações nas vias respiratórias, o paciente pode apresentar distúrbios do sono, que podem variar desde ronco até graves quadros de apnéia.
O diagnóstico primeiramente é clínico. A confirmação é feita através de exames de sangue, que apontam um aumento de GH basal e de seus efetores (IGF-I), todavia, a normalidade deste não descarta a possibilidade da doença por ser um hormônio que é secretado de forma pulsátil. Também devem ser feitos exames de imagem como ressonância magnética, radiografias e tomografias computadorizadas do crânio, mãos e pés.
O tratamento pode ser feito utilizando a bromoergocriptina, o octreotida e mais recentemente antagonista de receptor de GH (pegvisomant). O tratamento cirúrgico também deve ser considerado, caso não haja melhora por meio do tratamento medicamentoso. Após a cirurgia, o tratamento radioterápico deve ser avaliado.
Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Acromegalia
http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?9
http://www.manualmerck.net/?id=170&cn=557
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0004-27302000000500011&script=sci_arttext
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/doencas/acromegalia/