O ameloblastoma é definido como um tumor odontogênico epitelial que constitui aproximadamente 10% de totalidade dos tumores odontogênicos e 1% de todos os cistos e tumores mandibulares.
Consiste em uma tumoração benigna de origem ectodérmica, que pode ser oriunda do epitélio odontogênico ou das células da camada basal do epitélio que reveste os maxilares. Apesar de ainda existir discordância a respeito da origem do ameloblastoma, há pouco tempo a teoria da lâmina dental tem sido mais aceita, do que em relação à do órgão do esmalte, restos epiteliais, células da camada basal da superfície epitelial, ou epitélio dos cistos odontogênicos.
Este tumor é classificado de acordo com as suas características clínicas e radiográficas:
- Multicístico, também chamado de ameloblastoma comum ou sólido: pode ser do tipo folicular e plexiforme, sendo este último o mais freqüente e menos agressivo. Geralmente localizam-se na mandíbula, especialmente na região dos molares.
- Unicístico: caracteriza-se pela presença de ameloblastoma internamente a uma cápsula cística. Pode ser de três tipos, que são o ameloblastoma luminal, ameloblastoma intraluminal e ameloblastoma mural. Costuma localizar-se na mandíbula, principalmente na região posterior e associada à coroa de um dente incluso.
- Periférico: este tipo é incomum e corresponde a aproximadamente 1% dos ameloblastos.
Existe a forma maligna do ameloblastoma, que tem incidência de 2%. Este pode surgir mesmo sem ser precedido por um ameloblastoma comum (benigno) ou ainda proliferar-se a partir de uma transfusão maligna espontânea ou resultante de um procedimento cirúrgico.
O ameloblastoma benigno caracteriza-se por crescimento vagaroso, aumento de volume indolor e expansão abrangendo os ossos, ocasionando uma deformidade facial. Também podem ser observadas ulcerações orais, mobilidade ou perda dental. Nos casos de ameloblastoma maxilar, pode haver dor peri-auricular, obstrução nasal e empiema do seio maxilar.
Comumente o diagnóstico é obtido por meio de radiografias panorâmicas de rotina ou então quando há expansão cortical óssea tardia, notada pelo paciente somente quando a lesão alcança grandes dimensões.
Existe muita divergência ainda entre os especialistas com relação ao tratamento do ameloblastoma. Alguns indicam intervenção menos agressiva, como é o caso da curetagem e da enucleação. Outros dão preferência para a cirurgia radical, ressecção marginal, ressecção segmentar e a desarticulação nos casos de ameloblastoma mandibular. A crioterapia é uma opção de tratamento conservador auxiliar, feito após a enucleação do tumor. A radioterapia e a quimioterapia não são indicadas para o tratamento do ameloblastoma.
Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ameloblastoma
http://www.odontodicas.com/artigos/ameloblastoma.htm
http://sbccp.netpoint.com.br/ojs/index.php/revistabrasccp/article/viewFile/69/66