A babesiose canina é uma doença causada por um protozoário do gênero Babesia, espécie B. canis e tem distribuição mundial. Nos dias de hoje, sabemos que existem três tipos subespécies desta babesia:
- B. canis canis, encontrada na Europa e transmitida pelo carrapato Dermacentor reticulatus;
- B. canis vogeli, presente no norte da América e nordeste africano, transmitida pelo Rhipicephalus sanguineus;
- B. canis rossi, encontrada no sul da África e transmitida pelo Haemaphysalis leachi.
No Brasil, o carrapato transmissor da B. canis é o Rhipicephalus sanguineus e, até os dias de hoje, não há relatos de estudos sobre a subespécie desta babesia.
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Transmissão
Este protozoário é transmitido através da picada de um carrapato infectado, junto às secreções salivares destes artrópodes. Ao entrarem na corrente sanguínea dos cães parasitam os glóbulos vermelhos (eritrócitos ou hemácias) do sangue multiplicam-se e, devido à falta de espaço dentro dos glóbulos, eles acabam rompendo (momento em que ocorre a febre) e as babesias procuram novos eritrócitos para parasitarem.
Sintomas
Devido à grande destruição das células vermelhas do sangue, o animal irá apresentar anemia, podendo também apresentar problemas na coagulação sanguínea. Outros sinais clínicos observados em cães afetados são: febre, letargia, perda de apetite, depressão, icterícia ou palidez nas mucosas (comum em animais anêmicos).
Diagnóstico
O diagnóstico é feito através de uma boa anamnese, observando os sintomas, vendo se há ou se houve uma infestação por carrapatos no animal em questão e também através de exames laboratoriais, como o esfregaço sanguíneo que detectam a presença do parasita.
Tratamento
Ultimamente, o tratamento tem sido feito com o uso de derivados de diamidas e imidocarb. Pode também ser feito o tratamento profilático em animais que irão viajar para áreas endêmicas, ou que vivem nelas, com o uso do imodocarb e doxiciclina.
Prevenção
O principal método de prevenção é o combate ao vetor da babesia, o carrapato, com o uso de carrapaticidas nos animais e no ambiente.
Fontes:
https://web.archive.org/web/20170811091054/http://vet.uga.edu:80/vpp/clerk/Cleveland/
https://web.archive.org/web/20170420214746/http://www.webanimal.com.br/cao/index2.asp?menu=babesia.htm
https://web.archive.org/web/20110222114741/http://www.animaisdecompanhia.com.br:80/component/content/article/43/177-babesiose
http://www.clubedoakita.com.br/babesiose.html
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/doencas/babesiose-canina/