Blastomicose

Graduada em Medicina Veterinária (UFMS, 2009)

Este artigo foi útil?
Considere fazer uma contribuição:


Ouça este artigo:

A blastomicose, também chamada de blastomicose norte-americana, doença de Chicago ou doença de Gilchrist, é uma doença pulmonar que possui como agente etiológico o fungo Blastomyces dermatitidis. Este, por sua vez, é dismórfico e cresce em tecidos de mamíferos na forma de uma célula em brotamento.

Os esporos desse fungo provavelmente penetram nas vias respiratórias quando são inalados. Não se conhece de onde partem os esporos do ambiente, porém uma vez associou-se uma epidemia com os refúgios dos castores. A maioria dos casos ocorre nos Estados Unidos e em zonas bem dispersas da África, sendo que os indivíduos mais acometidos são os homens entre 20 a 40 anos de idade.

O quadro clínico causado por esse fungo inicia-se com febre, calafrios e sudação profunda. Depois pode haver tosse, com ou sem expectoração, dor no peito e dificuldade para respirar. Embora, em regra geral, a infecção pulmonar piore lentamente, pode melhorar sem tratamento.

A forma disseminada da blastomicose normalmente acomete diferentes áreas do corpo. Pode surgir uma infecção cutânea sob a forma de pequenas pápulas (protuberâncias), que podem conter, em seu interior, pus (papulopústulas). Tanto as pápulas quanto as papulopústulas duram pouco e disseminam-se vagarosamente. Por conseguinte, surgem placas salientes e verrugosas, com pequenos abscessos indolores ao redor. Os ossos podem apresentar tumefações dolorosas. Em indivíduos do sexo masculino, pode surgir edema doloroso do epidídimo, ou então, um grande mal-estar resultante de uma prostatite (infecção da próstata).

O diagnóstico é feito por meio da análise ao microscópio de amostras de expectoração ou de tecido infectado. Caso sejam encontrados fungos, pode ser feito o cultivo e análise da amostra para a confirmação do diagnóstico.

O exame anatomopatológico mostra uma hiperplasia pseudoepiteliomatosa com microabscessos e presença de células gigantes, podendo ser encontrados na epiderme e derme com granuloma epitelióide neste local.

O tratamento é realizado com a utilização do fármaco antifúngico anfotericina B (endovenosa), ou com derivados do azol, como itraconazol (oral). Após uma semana de tratamento, aproximadamente, o paciente começa a sentir-se melhor e o fungo desaparece rapidamente. Quando não é feito o tratamento, a infecção piora lentamente, conduzindo o paciente ao óbito.

Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Blastomicose
http://www.manualmerck.net/?id=211&cn=1783
http://adam.sertaoggi.com.br/encyclopedia/ency/article/000102.htm
https://web.archive.org/web/20200218091129/http://www.inf.furb.br:80/sias/parasita/Textos/blastomicose.htm
https://web.archive.org/web/20100223074245/http://www.revistamedicaanacosta.com.br:80/10(1)/artigo_8.htm

AVISO LEGAL: As informações disponibilizadas nesta página devem apenas ser utilizadas para fins informacionais, não podendo, jamais, serem utilizadas em substituição a um diagnóstico médico por um profissional habilitado. Os autores deste site se eximem de qualquer responsabilidade legal advinda da má utilização das informações aqui publicadas.
Arquivado em: Doenças
Este artigo foi útil?
Considere fazer uma contribuição: