Bulimia é um transtorno alimentar causado por um distúrbio psicológico que acomete geralmente mulheres jovens. A valorização cultural de um estereótipo de beleza “magro” é um dos fatores que contribui para o aparecimento dos transtornos alimentares.
A pessoa com bulimia é capaz de ingerir grandes quantidades de comida em pouco tempo (crise de hiperfagia) para, em seguida, utilizar alguns métodos compensatórios para se livrar do que ingeriu, evitando o aumento de peso. São esses meios:
- Vômito auto – induzido
- Jejum
- Uso de laxantes
- Uso de diuréticos
- Prática excessiva de exercícios físicos.
Pessoas com bulimia costumam comer e se “livrar” do que comeram escondidas, o que dificulta ao médico ou a família descobrir o problema.
Outro fator que dificulta a detecção da doença é o fato das pessoas bulímicas não apresentarem grande variação, ou perda de peso como acontece nos casos de anorexia. Por isso, muitas vezes a família só descobre a doença quando surgem complicações como:
- Desidratação
- Dores musculares e câimbras
- Inflamação na garganta (causada pelo hábito de causar o vômito)
- Desequilíbrio eletrolítico
- Ritmo cardíaco anormal
- Cáries
- Calos no dorso da mão (causados pelo ato de causar o vômito)
As causas da doença podem ser várias como: fatores psicológicos (baixa auto-estima), familiares (conflito de identidade), culturais (valorização da aparência física).
A bulimia só é diagnosticada como tal quando ocorrem episódios no mínimo duas vezes por semana, por pelo menos três meses.
O tratamento deve ser feito por equipe composta por psicólogo e nutricionista. A psicoterapia individual ou em grupo é indicada. O papel da nutricionista é orientar uma alimentação saudável, estabelecendo novos hábitos. O uso de medicamentos antidepressivos é essencial no tratamento da compulsão.
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/doencas/bulimia/