A campilobacteriose genital bovina, anteriormente conhecida como vibriose, é uma doença infecciosa venérea causada pela bactéria Campylobacter fetus subespécie venerealis. Esta enfermidade é responsável por grandes prejuízos econômicos na bovinocultura por causar diversos problemas como: repetição de cio, morte embrionária e esterilidade enzoótica das fêmeas infectadas.
Quando o touro é infectado, pode transmitir para a fêmea durante a cobertura, gerando uma inflamação na mucosa uterina da vaca, impedindo assim, a fixação do óvulo fecundado, resultando na morte do embrião. Quando a colonização no útero ocorre em um período mais avançado da gestação, pode levar ao aborto.
Os sinais clínicos que podem ser notados no rebanho são abortos e repetição de cio, nas fêmeas, já nos machos a infecção é assintomática. Embora esta bactéria colonize as criptas prepuciais, não causam reação do hospedeiro à sua presença. Por serem portadores assintomáticos, os touros são considerados os grandes responsáveis pela difusão da doença no rebanho.
Como esta doença geralmente é de apresentação subclínica, sendo pouco perceptível no rebanho, especialmente quando não é feito um bom controle zootécnico, por diversas vezes não são observadas as repetições de cio, e quando se suspeita da doença, o prejuízo econômico já é grande.
O diagnóstico pode ser feito através das técnicas de imunofluorescência direta, isolamento e identificação do agente, testes imunoenzimáticos e por PCR. Geralmente, o diagnóstico é feito no touro, pois grande parte das técnicas foram padronizadas para serem realizadas em esmegma ou lavado prepucial. Outro fato, é que estes representam uma menor parcela do rebanho, cobrindo muitas fêmeas, reduzindo deste modo, o custo do diagnóstico.
O tratamento geralmente é realizado nos touros. No entanto, se estes não possuem alto valor zootécnico e não são utilizados em coletas de sêmen, a relação curto-benefício, na maioria dos casos, não é favorável ao tratamento.
As principais formas de controle são a utilização da técnica de inseminação artificial, segregação de animais jovens (que não estão em fase reprodutiva) que são livres da doença e a realização da prática de vacinação.
Fontes:
https://web.archive.org/web/20090603000219/http://www.pfizersaudeanimal.com.br:80/bov_publicacoes5.asp
https://web.archive.org/web/20070713000728/http://www.cpap.embrapa.br:80/publicacoes/download.php?arq_pdf=COT17
http://www.scielo.br/pdf/abmvz/v55n6/19384.pdf