O câncer de estômago, também denominado câncer gástrico, é um dos tipos mais frequentes de câncer no Brasil e no mundo, com maior incidência em homens, acima dos 50 anos de idade.
Os principais fatores de risco para o desenvolvimento da doença são a hereditariedade e a infecção por uma bactéria denominada Helicobacter pylori, que está presente na água e alimentos contaminados. Indivíduos com parentes de primeiro grau com câncer de estômago possuem maior predisposição para desenvolver a doença e a infecção pela H. pylori, que depois de instalada, causa alterações e inflamações crônicas na mucosa interna do estômago, que lenta e progressivamente podem aumentar o risco e gerar transformações carcinomatosas. Existem outros fatores, menos associados, como a anemia perniciosa, lesões pré-cancerosas como gastrite atrófica e metaplasia intestinal e o consumo de determinados alimentos, principalmente os embutidos.
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Sintomas
Não existem sintomas específicos para o câncer de estômago, os pacientes podem apresentar sinais como dor abdominal ou desconforto abdominal, náuseas e vômitos recorrentes, sensação de estômago cheio ou vazio, perda de peso, azia e queimação e vômitos e fezes com sangue, que não são muito frequentes, mas podem estar presentes.
Esses sintomas não são exclusivos de câncer de estômago e podem surgir também em casos benignos como a gastrite e até a úlcera, sendo necessário o diagnóstico médico. Muitas vezes os sintomas são negligenciados pelos próprios pacientes. Vale ressaltar que principalmente indivíduos acima de 40 anos, com histórico familiar da doença, devem procurar o serviço médico.
Diagnóstico
O diagnóstico é realizado pela endoscopia digestiva alta que através de uma câmera inserida pela boca até o estômago visualiza o câncer. É um exame seguro, e considerado pouco invasivo, o paciente é sedado e além da visualização o exame permite a retirada de um fragmento para uma análise histológica denominada biópsia e identificação do tipo de tumor. São realizados também exames de tomografia para verificar a extensão da lesão.
Tratamento
O tratamento depende de cada caso e pode ser através de cirurgia, quimioterapia ou radioterapia, isoladamente ou em conjunto. Quanto antes à doença for diagnosticada, maiores as taxas de cura.
Prevenção
Evitar o consumo de determinados alimentos denominados oncogênicos como enlatados, embutidos, carnes salgadas e por sua vez aumentar o consumo de frutas e verduras e tratar infecções e gastrites é uma forma de auxiliar na prevenção da doença. Outro ponto importante é o fato de que hoje é muito comum a comercialização de antiácidos, que causam um alivio imediato na azia, por exemplo, mas podem estar mascarando outras doenças, como o câncer de estômago. Como dito anteriormente, não existem sintomas específicos da doença, o que dificulta o diagnóstico precoce.