Câncer de testículo

Por Aline Oliveira Silva

Graduação em Biologia (CUFSA, 2010)
Especialização/MBA em Análises Clínicas (Uninove, 2012)

Categorias: Câncer
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Os testículos, também chamados de gônadas masculinas, são dois órgãos ovais, situados no interior do escroto, que desempenham papel fundamental na produção dos espermatozoides e dos hormônios masculinos como a testosterona. Apesar de serem dois, é possível viver normalmente apenas com um testículo, caso haja a remoção cirúrgica ou atrofia.

O câncer de testículo ocorre com baixa frequência e diferente de outros tipos de câncer que costumam surgir em indivíduos mais velhos, atinge indivíduos jovens, entre as faixas etárias de 15 e 50 anos. Nesses pacientes, há chance de ser confundido, ou até mesmo mascarado pela inflamação dos testículos (denominado orquiepididimites) e do epidídimo, que é o canal localizado atrás do testículo que coleta e carrega o espermatozoide.

Um dos fatores de risco que podem estar associados ao aparecimento do câncer é a criptorquidia, ou seja, a permanência do testículo fora da bolsa escrotal depois do nascimento. Também são considerados outros fatores como traumas crônicos e síndromes genéticas.

Sintomas

O sintoma mais comum é o aumento de volume dos testículos e o surgimento de um nódulo duro, pequeno, geralmente indolor. Muitas vezes, a alteração encontrada pode se tratar de uma infecção, o ideal é procurar atendimento médico imediato para avaliação e obter um diagnóstico precoce. Outras alterações são consideradas importantes para diagnosticar o câncer como dores na parte baixa do abdome e sangue na urina.

Diagnóstico

Como a principal manifestação clínica do câncer de testículo é o aparecimento de uma massa dura, o diagnostico costuma ser realizado durante o autoexame ou em uma consulta medica de rotina. A partir da suspeita clínica, a ultrassonografia escrotal é realizada para a confirmação da doença. Outros exames são solicitados como o de sangue, que mede marcadores tumorais importantes para o diagnóstico e para o tratamento. A tomografia pélvica, do tórax e do abdome são importantes no pré e no pós-operatório, pois ajuda a determinar a extensão da doença.

Um ponto diferente no diagnóstico do câncer de testículo é o fato da biopsia para verificação do tipo histológico do tumor só ser realizada após a remoção cirúrgica do tumor, ao contrário da grande maioria dos tumores que utilizam o resultado da biopsia para direcionar o tratamento. Isso ocorre devido ao risco de disseminação da doença através da agulha utilizada para biópsia. Se diagnosticado precocemente, as taxas de curas são altas.

Tratamento

Inicialmente o tratamento é cirúrgico, por via inguinal (orquiectomia radical), para remover o testículo afetado. A recuperação normalmente é rápida e não compromete a potência sexual e a função reprodutiva se apenas um testículo for retirado. Se houver indícios de metástases, o tratamento indicado é a quimioterapia acompanhada ou não de radioterapia. A complementação dependerá de investigação que avaliará a presença ou a possibilidade de disseminação da doença para outros órgãos.

Um ponto importante sobre o tratamento para o câncer de testículo é o risco de infertilidade, induzida pela quimioterapia ou pela cirurgia. O indicado nesses casos, para pacientes que ainda desejam ter filhos, é o armazenamento de espermatozoide em um banco.

Prevenção

Como não se conhece a causa da lesão no órgão e também não há como evitá-la, recomenda-se o autoexame mensal dos testículos. Na infância, é importante o exame do pediatra para verificar se a descida dos testículos para a bolsa escrotal ocorreu normalmente.

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