Câncer de Vesícula Biliar

Graduada em Medicina Veterinária (UFMS, 2009)

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Embora o câncer de vesícula biliar seja incomum, representa a neoplasia mais frequente do sistema biliar. São diversos os tipos de tumores que podem surgir nesse órgão, sendo que o colangiocarcinoma é de tumor maligno mais comum.

Nos Estados Unidos há mais relatos de casos de câncer de vesícula biliar, quando em comparação com o Brasil, sendo ainda pouco descrito e diagnosticado neste último. Os locais do mundo de maior incidência desta desordem são: China. Israel, Índia, Polônia e Chile.

Diversos fatores podem predispor o surgimento deste tipo de neoplasia, incluindo:

  • Idade superior a 60 anos;
  • Colelitíase;
  • Obesidade;
  • Gestação múltipla;
  • Hormônios sexuais;
  • Radiação;
  • Exposição a certos produtos químicos;
  • Infecções;
  • Alguns tipos de pólipos da vesícula biliar.

Comumente estes tumores são assintomáticos. Quando há manifestações clínicas, a mais comum é a cólica biliar, do lado direito do abdômen, na região abaixo das costelas, podendo vir acompanhada de náuseas, vômitos e falta de apetite.

O diagnóstico habitualmente é estabelecido após a realização de exames imagiológicos, como ultrassonografia, ressonância magnética, tomografia computadorizada e PET-CT. No entanto, o diagnóstico, quando não é feito ao acaso, costuma ser tardio, dificultando a cura do câncer.

O tratamento de eleição é a colecistectomia com remoção dos linfonodos da região, bem como parte do fígado, pois sempre é recomendado remover o tumor com margem de segurança circunvizinha ao mesmo.

Até o momento, estudos não apontam dados suficientes de que a quimioterapia e a radioterapia aumentem as chances de cura dos pacientes com tumores na vesícula biliar. Contudo, a indicação destas formas de tratamento fica na dependência do estadiamento, do tipo do tumor e das circunstâncias do diagnóstico.

Trata-se de uma patologia agressiva, com prognóstico reservado e um reduzido índice de ressecabilidade. A sobrevida em longo prazo é baixa, ocorrendo especialmente naqueles pacientes que são submetidos à colecistectomia com diagnóstico errôneo de colelitíase, de lesão polipoide ou de outra desordem benigna.

Fontes:
http://www.cirurgiahepatogastro.com.br/cancer-de-vesicula-biliar
http://www.drorlandotorres.com.br/site/arquivos/artigos/PROACI_Cancerdevesicula.pdf
http://www.tuasaude.com/cancer-de-vesicula-biliar/

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