Embora o câncer de vesícula biliar seja incomum, representa a neoplasia mais frequente do sistema biliar. São diversos os tipos de tumores que podem surgir nesse órgão, sendo que o colangiocarcinoma é de tumor maligno mais comum.
Nos Estados Unidos há mais relatos de casos de câncer de vesícula biliar, quando em comparação com o Brasil, sendo ainda pouco descrito e diagnosticado neste último. Os locais do mundo de maior incidência desta desordem são: China. Israel, Índia, Polônia e Chile.
Diversos fatores podem predispor o surgimento deste tipo de neoplasia, incluindo:
- Idade superior a 60 anos;
- Colelitíase;
- Obesidade;
- Gestação múltipla;
- Hormônios sexuais;
- Radiação;
- Exposição a certos produtos químicos;
- Infecções;
- Alguns tipos de pólipos da vesícula biliar.
Comumente estes tumores são assintomáticos. Quando há manifestações clínicas, a mais comum é a cólica biliar, do lado direito do abdômen, na região abaixo das costelas, podendo vir acompanhada de náuseas, vômitos e falta de apetite.
O diagnóstico habitualmente é estabelecido após a realização de exames imagiológicos, como ultrassonografia, ressonância magnética, tomografia computadorizada e PET-CT. No entanto, o diagnóstico, quando não é feito ao acaso, costuma ser tardio, dificultando a cura do câncer.
O tratamento de eleição é a colecistectomia com remoção dos linfonodos da região, bem como parte do fígado, pois sempre é recomendado remover o tumor com margem de segurança circunvizinha ao mesmo.
Até o momento, estudos não apontam dados suficientes de que a quimioterapia e a radioterapia aumentem as chances de cura dos pacientes com tumores na vesícula biliar. Contudo, a indicação destas formas de tratamento fica na dependência do estadiamento, do tipo do tumor e das circunstâncias do diagnóstico.
Trata-se de uma patologia agressiva, com prognóstico reservado e um reduzido índice de ressecabilidade. A sobrevida em longo prazo é baixa, ocorrendo especialmente naqueles pacientes que são submetidos à colecistectomia com diagnóstico errôneo de colelitíase, de lesão polipoide ou de outra desordem benigna.
Fontes:
http://www.