Carcinoma

Por Aline Oliveira Silva

Graduação em Biologia (CUFSA, 2010)
Especialização/MBA em Análises Clínicas (Uninove, 2012)

Categorias: Câncer
Ouça este artigo:
Este artigo foi útil? Considere fazer uma contribuição!

Os tipos de câncer são classificados de acordo com o tipo histológico, que é a origem embrionária dos tecidos que o tumor é derivado. O carcinoma é o tipo de câncer mais comum, que se desenvolve em células epiteliais que recobrem nossa pele e a maioria dos órgãos.

O tecido epitelial é um dos quatro tipos básicos dos tecidos animais, formado por células epiteliais, e distribuído difusamente pelo organismo. O câncer surge quando a célula epitelial sofre mutação. Dentre os carcinomas existem os subtipos: adenocarcinoma, carcinoma basocelular, carcinoma epidermoide e carcinoma in situ. Nos casos aonde não é possível avaliar de qual epitélio o carcinoma teve origem, são classificados como carcinoma indiferenciado ou carcinoma anaplásico.

Tipos de carcinomas

O adenocarcinoma é um câncer que se forma nas glândulas epiteliais secretoras. A doença pode se desenvolver em muitos lugares diferentes, mas é mais prevalente nos tipos de câncer de pulmão, próstata, pâncreas, esôfago e colorretal. O adenocarcinoma também pode se desenvolver em outras partes do corpo. No câncer de esôfago, um fator de risco bem associado é o esôfago de Barret.

O carcinoma basocelular é o tipo mais comum de câncer de pele. Apresenta um crescimento lento e com origem nas camadas basais da epiderme. As taxas de incidência desse tipo de câncer são altas, cerca de 65% dos tumores epiteliais.Os fatores de risco para o desenvolvimento do carcinoma basocelular incluem principalmente a exposição solar a radiação ultravioleta B; as características fenotípicas do paciente, como pele e olhos claros; exposição prévia ao arsênico; radioterapia; e síndromes genéticas, como xeroderma pigmentoso e a síndrome do nevo basocelular.

O carcinoma epidermoide ou de células escamosas é um dos mais frequentes nas regiões da cavidade oral e esôfago. Existem outras regiões que apresentam esse tipo de carcinoma com frequência como a pele, o colo do útero, a região anal e o pulmão.

Esse tipo histológico tem origem nas epitélio normal, que sofre o processo de carcinogênese e é mais prevalente no sexo masculino, com idade acima dos 50 anos.

Os fatores de risco para o desenvolvimento são bem estabelecidos, sendo o tabagismo o principal fator associado. O etilismo e a infecção pelo vírus HPV também são fortemente associados ao desenvolvimento desse câncer, especialmente na região de cabeça e pescoço e esôfago.

O carcinoma in situ ou câncer não invasivo, é o primeiro estágio em que o câncer não originário das células do sangue pode ser classificado, e para a maioria dos cânceres in situ a existe cura, se a lesão for tratada antes que progrida para a fase de câncer invasivo, não havendo invasão de estruturas próximas conhecida como metástases. Para tratar o carcinoma in situ basta retirar cirurgicamente o tumor, pois todas as células malignas estarão restritas a este pedaço de tecido removido.

O carcinoma indiferenciado tem alta taxa de agressividade. Apresenta células volumosas e altamente atípicas.O carcinoma anaplásico de tireoide é um dos mais relatados, apesar de ser raro, cresce rapidamente e normalmente esse carcinoma invade outras regiões, dando origem ao processo de metástase.

Diagnóstico

Como os carcinomas podem se desenvolver em diferentes órgãos e se manifestar de diferentes maneiras, o diagnóstico de cada um envolve uma série de exames específicos para cada região.

Comumente, os exames de imagem tomografia e ressonância magnética são empregados. Exames laboratoriais também são frequentemente solicitados.

O diagnóstico do carcinoma não depende apenas das manifestações clinicas, pois não é possível diferenciar o tipo histológico do tumor sem a realização da biópsia.

Tratamento

O tratamento do carcinoma depende do tipo envolvido, pois eles diferem bastante entre si, com diferentes respostas terapêuticas. São tumores histologicamente diferentes, que respondem ao tratamento de acordo com suas características.

A localização acometida recebe tratamento de acordo com o estadiamento do câncer.

Os tratamentos mais empregados são a cirurgia para remoção do tumor, a quimioterapia, principalmente em casos onde ocorre a metástase, e a radioterapia.

A escolha terapêutica vai depender do diagnóstico médico e o prognóstico do paciente depende do tipo de carcinoma associado.

Fontes:

https://www.cancercenter.com/adenocarcinoma

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0365-05962006000900005

https://www.inca.gov.br/perguntas-frequentes/qual-diferenca-entre-cancer-situ-e-invasivo

AVISO LEGAL: As informações disponibilizadas nesta página devem apenas ser utilizadas para fins informacionais, não podendo, jamais, serem utilizadas em substituição a um diagnóstico médico por um profissional habilitado. Os autores deste site se eximem de qualquer responsabilidade legal advinda da má utilização das informações aqui publicadas.
Este artigo foi útil? Considere fazer uma contribuição!