A ceratose actínica, também conhecida como ceratose solar, é uma doença de pele causada geralmente pela exposição aos raios solares durante muitos anos, mas também pode ser causada pela exposição a fontes artificiais de luz ultravioleta, raio-x ou hidrocarbonetos aromáticos. Comumente, os indivíduos de pele clara e idade avançada são os mais afetados; todavia, pode surgir em indivíduos de meia idade que expuseram ao sol de modo intenso e repetido.
A ceratose actínica são lesões solidamente aderidas à pele que apresentam formato arredondado ou oval, com bordas nítidas e bem demarcadas, normalmente presente em regiões que ficam mais expostas ao sol, como a face, pescoço, antebraços e couro cabeludo (em homens calvos). Esta afecção está inclusa no grupo de dermatoses pré-malignas, pois pode acontecer desta progredir para câncer de pele (carcinoma espinocelular).
Embora haja a possibilidade de diagnosticar a doença com base nas manifestações clínicas, em certos casos, a diferenciação clínica com o carcinoma espinocelular é quase impossível, fazendo-se necessário a realização de uma biópsia. O diagnóstico diferencial deve ser realizado especialmente com verrugas virais e ceratose seborréica.
A transformação da ceratose actínica em câncer de pele ocorre em três estágios: início, promoção e conversão maligna. Inicialmente há a ocorrência de eventos relacionados à indução de uma mutação genética permanente nos queratinócitos. Esta mutação pode acometer os proncogenes ras e/ou os genes supressores tumorais p53. O estágio intermediário, a promoção, é o período em que pode ocorrer ou não a transformação das células saudáveis em neoplásicas, dependendo da exposição persistente aos agentes precipitantes. Por último, a conversão diz respeito ao processo de transformação maligna para carcinoma espinocelular.
Esta afecção pode regredir espontaneamente, mas o risco aumenta ao longo dos anos. Embora as chances de progredir para uma lesão maligna sejam pequenas, geralmente os pacientes apresentam várias lesões, o que aumenta a probabilidade.
O tratamento clínico é feito orientando o paciente quanto à necessidade de evitar exposição exagerada aos raios solares nos horários de maior incidência de raios UV, além do uso de roupas mais fechadas e do uso de protetor solar. Todavia, quando a lesão já está presente as abordagens terapêuticas podem ser cirúrgicas e medicamentosas, variando de acordo com cada caso.
Hoje existem quatro medicações principais que são utilizadas no tratamento da ceratose actínica, que são:
- 5-fluorouracil (5-FU);
- Creme de Imiquimode a 5%;
- Diclofenaco gel;
- Terapia fotodinâmica.
Quanto ao tratamento cirúrgico, este visa a eliminação da ceratose actínica, minimizando o dano que este pode causar ao tecido sadio subjacente. As principais técnicas incluem criocirurgia, curetagem ou excisão cirúrgica convencional.
Fontes:
http://www.dermatologia.net/novo/base/doencas/cerat_actin.shtml
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ceratose_act%C3%ADnica
http://boasaude.uol.com.br/realce/showdoc.cfm?libdocid=14432&ReturnCatID=1797
https://web.archive.org/web/20170722010640/http://www.medicinageriatrica.com.br:80/2008/07/29/ceratose-solar-ou-ceratose-actinica-mancha-senil/
https://web.archive.org/web/20190121025402/http://www.saudegeriatrica.com.br:80/medicina/saude/geriatria/gerontologia/idoso/casomed01.html
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/doencas/ceratose-actinica/