Chikungunya é um vírus pertencente à família Togaviridae e gênero Alphavirus. Trata-se de um vírus com o nome científico de CHIKV, envelopado de uma cadeia de RNA simples (não segmentado), causa uma doença chamada Chikungunya, febre chicungunha (no Brasil) ou catolotolo (Angola). Descoberta em uma epidemia na Tanzânia em 1952, os piores casos de surto do CHIKV se deram na Índia, Ásia e África, tendo o primeiro diagnóstico no Brasil em 2014. O vírus tem como vetores as espécies Aedes aegypti e Aedes albopictus.
Além de o gênero Aedes transmitir o vírus, ele pode ser passado através de contato sanguíneo. Não perfurando a placenta, o contágio pode-se dar com o sangue da mãe na hora do parto. Como só existe um tipo de CHIKV, o enfermo uma vez infectado adquire memória imune adquirida (só infecta uma vez).
A doença possui sintomas inespecíficos, como todas as viroses, afetando 80% dos infectados, com o tempo de incubação de 3 a 7 dias. Os sintomas se constituem em: febre alta em torno de 39°C, dores e edemas nas articulações, diarreia, cefaleia, cansaço, manchas vermelhas em relevo na pele. Diferentemente da dengue, o CHIKV apresenta dores mais intensas nas articulações dos pés e das mãos; seus sintomas vão diminuindo progressivamente durando em torno de 3 a 7 dias, em casos severos podem durar de 6 meses a 1 ano, podendo evoluir para a síndrome de Raynaud. Com baixa mortalidade em indivíduos adultos, pode apresentar complicações em idosos e recém-nascidos.
Assim como a dengue e o Zika vírus, não se recomenda o uso de medicamentos que possuam ácido acetilsalicílico (AAS) e anti-inflamatórios pelo difícil diagnóstico podendo se confundir com a dengue, evitando que o quadro do paciente evolua para uma hemorragia. A forma de tratamento é sintomático com antitérmicos, soro caseiro, repouso, e o consumo de muito líquido.
O diagnóstico mais rápido e eficaz, o RT-PCR, se dá através da busca pelo material genético do vírus. Contudo, o custo é elevado, sendo mais comum a sorologia que busca o anticorpo IgM; e o hemograma, que verifica se há alteração enzimática, queda dos linfócitos (linfopenia), e queda de plaquetas (trombocitopenia).
Como não possui uma vacina, os métodos de prevenção do CHIKV são os mesmos da dengue e do zika vírus: erradicar os mosquitos vetores, evitar água parada, destinar corretamente os entulhos, uso de repelentes, roupas compridas e telas de proteção. Ainda é indicado que o infectado permaneça bem protegido contra o Aedes, evitando assim que seja picado e aja uma infecção inversa.
Referencias:
http://conic-semesp.org.br/anais/files/2013/trabalho-1000015247.pdf
http://www.infectologia.org.br/wp-content/uploads/2015/11/Apresenta----o-Chinkungunya-Infecto.pdf
http://combateaedes.saude.gov.br/index.php/tira-duvidas#chikungunya
http://www.mdsaude.com/2014/11/febre-chikungunya.html
http://jconline.ne10.uol.com.br/canal/cidades/saude/noticia/2015/04/30/infectologista-explica-dengue-febre-chikungunya-e-zika-virus-179128.php
http://www.ebc.com.br/noticias/saude/2014/07/febre-chikungunya-o-que-e
http://www.minhavida.com.br/saude/temas/febre-chikungunya
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/doencas/chikungunya/