O cisto branquial consiste em um resquício do aparelho branquial. Este, por sua vez, é composto por cinco arcos de origem mesodérmica, que são separados por sulcos de origem ectodérmica e, na sua região interna, por bolsas de origem endodérmica, que originam as estruturas osteocartilaginosas, musculares, neurais e vasculares da região cervical.
Este defeito se origina quando não há obliteração total do seio cervical de His, espaço oriundo do crescimento das primeiras fendas branquiais. Existem quatro tipos distintos de cistos branquiais, variando de acordo com o arco de origem, sendo que o originário da segunda fenda branquial, situando-se na região cervical alta, é o mais comum.
Os cistos branquiais normalmente não apresentam orifício externo na pele e nem trajeto fistuloso até a faringe. Habitualmente manifestam-se por tumorações císticas indolores, na borda anterior do músculo esternocleidomasteóideo, sendo recobertos por pele normal, sem alteração de coloração e temperatura na região.
O diagnóstico diferencial envolve linfangioma cístico, dentre outras malformações vasculares.
A confirmação do diagnóstico é alcançada por meio de exames de imagem, como ultrassonografia ou tomografia computadorizada, embora o exame clínico seja suficiente na maior parte dos casos.
O tratamento, além de visar melhorar a estática, também tem como objetivo evitar infecções e sua evolução para malignidade, o que raramente pode acontecer.
Fontes:
http://www.somape.com.br/temas%20livres/cistobranquial.pdf
http://www.arquivosdeorl.org.br/conteudo/acervo_port.asp?Id=557
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/doencas/cisto-branquial/