Craniossinostose

Por Débora Carvalho Meldau

Graduada em Medicina Veterinária (UFMS, 2009)

Categorias: Doenças congênitas
Ouça este artigo:
Este artigo foi útil? Considere fazer uma contribuição!

Craniossinostose, também denominada cranioestenose, é uma anomalia resultante da fusão prematura das suturas craniais.

O normal é que, ao nascer, o recém-nascido apresente os ossos do crânio separados por suturas e duas aberturas no topo, denominadas fontanela anterior e posterior, conhecidas popularmente como moleiras. As principais funções dessas estruturas são: facilitar a passagem do feto pelo canal inguinal no momento do parto e permitir o crescimento adequado do cérebro. Posteriormente estas aberturas fecharam naturalmente.

O formato da cabeça pode variar de indivíduo para indivíduo, de acordo com a característica familiar. Por conseguinte ao nascimento, é  comum o recém-nascido apresentar deformações na calota craniana que são conseqüentes da compressão destas no parto. Contudo, dentro de 7 a 10 dias a cabeça retoma o formato normal.

Durante o primeiro ano de vida, o cérebro atinge metade do tamanho que terá  quando adulto e finaliza seu crescimento no término do segundo ano de vida. A fontanela anterior é maior do que a posterior e também é a que fecha mais vagarosamente, ocorrendo por volta do 9° ao 15° mês de vida, enquanto que a fontanela menor normalmente fecha no 2° mês de vida.

No caso da craniossinostose, há uma modificação no formato do crânio, uma vez que o cérebro fica impossibilitado de crescer normalmente. Esse fechamento adiantado pode resultar em deformidades na cabeça e até problemas neurológicos severos.

Ocorre mais comumente em indivíduos do sexo masculino e pesquisas evidenciam que há um caso de craniossinostose para cada 2.000 nascidos vivos. Esta afecção é congênita e inicia-se durante o desenvolvimento embrionário. Pode ter etiologia hereditária, intra-uterina ou infecciosa; o uso de certos fármacos durante a gestação também podem levar a esta anomalia.

O diagnóstico é realizado por meio do exame físico da cabeça do recém-nascido, juntamente com o exame radiológico e avaliação por neuroimagem. Estes exames evidenciam o fechamento da sutura e as possíveis malformações dos ossos da face e/ou do sistema nervoso.

Este problema deve ser tratado antes dos 8 meses de vida; todavia, é  importante que o diagnóstico seja estabelecido até o fim do 2°  mês de vida da criança, para possibilitar a realização de um acompanhamento neurológico mais detalhado. O tratamento é cirúrgico, no qual se cria espaços ou suturas entre os ossos do crânio.

Fontes:
https://web.archive.org/web/20101228183241/http://www.spsp.org.br/spsp_2008/materias.asp?Id_Pagina=25
http://www.artesmedicas.com/craniossinostose.htm
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-39842005000500013&script=sci_arttext
https://web.archive.org/web/20210304012017/http://neurocirurgia.me/Neurocirurgia/Craniossinostose.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Craniossinostose

AVISO LEGAL: As informações disponibilizadas nesta página devem apenas ser utilizadas para fins informacionais, não podendo, jamais, serem utilizadas em substituição a um diagnóstico médico por um profissional habilitado. Os autores deste site se eximem de qualquer responsabilidade legal advinda da má utilização das informações aqui publicadas.
Este artigo foi útil? Considere fazer uma contribuição!