Cromomicose

Graduada em Medicina Veterinária (UFMS, 2009)

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A cromomicose trata-se uma infecção fúngica que pode afetar a pele ou, raramente, o cérebro, tendo como agente etiológico os fungos Fonsecae pedrosoiCladosporium carioniiPhialophora verrucosa e Rhinocladiella aquaspersa. Estes fungos são apresentam como habitat natural o solo, os vegetais e a água.

Embora se trate de uma desordem universal, ocorre com maior frequência na zona tropical e subtropical. É descrita com maior frequência em adultos do sexo masculino, especialmente entre a segunda e a quarta décadas de vida, predominando em trabalhadores ou ex-trabalhadores da área rural. O maior responsável pela cromomicose no Brasil é o fungo F. pedrosoi. Contudo, o local do mundo onde ocorre com maior frequência esta desordem é Madagascar.

No caso da cromomicose cutânea, o contágio ocorre pela inoculação do agente em áreas de pele lesionadas. Com relação à cromomicose cerebral existem poucos casos relatados na literatura médica, contudo é provável que as portas de entrada incluam os pulmões e os seios paranasais.

A forma cutânea costuma desenvolver-se dentro de dois meses após o contágio e inicia-se como uma lesão papulosa ou papulo-nodular, que evolui para uma úlcera, adquirindo, por conseguinte, um aspecto verrucoso ou serpíngino-vegetantes. É mais comum nos membros inferiores e tipicamente fica circunscrita ao membro afetado, incapacitando-o. No entanto, pode afetar também os membros superiores, o tronco e a extremidade cefálica. Há raros relatos do acometimento da córnea e dos ossos.

No que diz respeito à forma cerebral, os maiores responsáveis por levar à cromomicose são os fungos do gênero Fonsecaea e Cladosporium. Esta forma evolui lentamente, propagando-se por contiguidade, sendo rara a disseminação pela corrente linfática ou sanguínea. Clinicamente, pode estar presente uma síndrome de hipertensão intracraniana, associada ou não a sinais meningorradiculares, podendo evoluir para uma meningite.

O diagnóstico pode ser estabelecido por meio de exames laboratoriais, como a análise de secreções e crostas, cultura ou histopatologia, com esta última evidenciando a presença dos fungos em células gigantes, nos abscessos ou até mesmo difuso pelo epitélio.

O diagnóstico diferencial inclui leishmaniose, lobomicose, tuberculose cutânea, esporotricose e paracoccidioidomicose.

O tratamento engloba exérese cirúrgica, eletrocirurgia, criocirurgia com nitrogênio líquido, laser de CO2 e abrasão. Quando áreas maiores são afetadas, podem ser utilizados diferentes fármacos como itraconazol, fluconazol, 5-flurocitosina e terbinafina. A termoterapia também é uma opção de tratamento.

Fontes:
http://www.emmanuelfranca.com.br/doencas/doencas_cromomicose.html
http://www.dermato.med.br/publicacoes/artigos/2000micoses.htmhttp://www.scielo.br/pdf/anp/v37n3/09.pdf

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Arquivado em: Dermatologia, Doenças
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