A dermatite de contato, também denominada dermatite venenata, é um processo inflamatório resultante de uma reação cutânea a diferentes tipos de alergênicos, que acomete 2 de cada 100 indivíduos, sendo duas vezes mais comum em mulheres.
A parte do corpo mais comumente afetada são as mãos, devido à maior interação desta com produtos químicos como sabões, látex (luvas de látex, por exemplo), fármacos, hidratantes e solventes. Determinadas plantas podem liberar espículas responsáveis por causar essa afecção.
Esta condição é uma resposta de reação de hipersensibilidade atrasada do tipo IV. A sensibilidade cutânea surge após períodos curtos ou longos de exposição à causa da dermatite, sendo que os sintomas podem aparecer horas ou semanas após a sensibilização da pele.
Existem quatro tipos de dermatite cutânea. São elas:
- Alérgica: resulta do contato da pele com uma substância alergênica. Clinicamente caracteriza-se por apresentar vasodilatação e infiltrados perivasculares na derme, além de edema.
- Irritante: resulta do contato da pele com alguma substância que causa uma lesão na pele química ou fisicamente. Clinicamente este tipo de dermatite apresenta ressecamento cutâneo que pode durar dias ou meses, vesiculações, fissuras ou arranhaduras.
- Fototóxico: este tipo de dermatite é causada pela exposição ao sol, juntamente com substâncias químicas que lesam a epiderme. Clinicamente é semelhante à irritativa.
- Fotoalérgico: tem como causa a combinação da luz e substâncias alergênicas. Clinicamente é semelhante à alérgica.
As manifestações clinicas da dermatite de contato alérgica, normalmente limitam-se à área que entrou em contato com o agente causador; já a dermatite de contato irritativa pode abranger uma área maior. Contudo, em todos os casos os sinais clínicos são os mesmos, englobando queimação, prurido, eritema, edema e formação de vesículas. Há o desenvolvimento de transudação, formação de crosta, ressecamento, fissuração, resultando no desprendimento da pele.
O diagnóstico é feito por meio de uma detalhada anamnese, em conjunto com testes alérgicos cutâneos. Em certos casos pode ser necessária a realização de biópsia da lesão cutânea.
O tratamento é feito com uso de esteróides tópicos ou orais, dependendo da gravidade do caso. Para eliminar o prurido, utilizam-se anti-histamínicos, e caso haja infecção secundária, administram-se antibióticos.
A melhor forma de prevenir essa afecção é evitando o contato com substâncias responsáveis por desencadear crises anteriores, bem como lavar as mãos após a exposição ao agente.
Fontes:
http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?105
http://pt.wikipedia.org/wiki/Dermatite_de_contato
http://www.dermis.net/dermisroot/pt/13203/diagnose.htm
http://www.copacabanarunners.net/dermatite-contato.html
https://web.archive.org/web/20110723181207/http://boasaude.uol.com.br/lib/ShowDoc.cfm?LibDocID=5200&ReturnCatID=1803
https://web.archive.org/web/20090718114719/http://www.derme.org:80/boletins/dermatite_contato.html
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/doencas/dermatite-de-contato/