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Tudo o que você precisa saber sobre Dislexia
Você provavelmente já ouviu falar sobre dislexia, não é verdade? Na internet, existem inúmeros artigos e vídeos sobre o assunto, que, nos últimos anos, se popularizou e se tornou recorrente em sites especializados em família, crianças ou educação.
Assim como outros assuntos, é preciso ter cuidado antes de acreditar em tudo o que se fala sobre dislexia na internet, evitando falsos diagnósticos ou tratamentos equivocados, especialmente porque dislexia é um tema relativamente novo para educadores e pais, o que demanda atenção redobrada na hora de se informar pela web.
O que é dislexia?
Hoje em dia, um dos termos mais utilizados por especialistas é “dislexia do desenvolvimento”. Esse é um transtorno de aprendizagem causado por origens neurobiológicas, que influencia diretamente nas habilidades cognitivas de quem apresenta o quadro.
As pessoas com dislexia sentem dificuldade na hora de reconhecer e decodificar palavras, o que acaba levando a outros estágios de aspecto fonológico e comunicacional. Em outras palavras, quem tem dislexia apresenta limitações na hora de ler e interpretar símbolos gráficos (como letras e números).
Por muito tempo, as pessoas costumavam se referir à dislexia como uma doença, mas, por sorte, tanto a medicina quanto a educação têm evoluído bastante nos últimos anos, rompendo com preconceitos e rótulos equivocados como esse. Hoje, é mais correto dizer que as pessoas com dislexia possuem uma forma diferenciada de aprender, o que leva a muitos especialistas a definirem como “um distúrbio de leitura e escrita”.
Quais são os tipos de dislexia?
Entre os grandes equívocos sobre esse assunto, está o de que a dislexia é uma só e se manifesta da mesma forma em todas as pessoas. Na realidade, existem espectros e tipos de dislexia, que variam de acordo com as definições adotadas. É possível defini-los pela área de dificuldade (ou desordem de aprendizado). Por exemplo:
- Desordem na fluência de leitura.
- Desordem na expressão escrita.
- Desordem nos cálculos de matemática.
Quais as causas da dislexia?
As respostas para essa pergunta podem ser bastante controversas, sendo que, hoje, a mais aceita é a que considera as origens da dislexia em três âmbitos: genético, de desenvolvimento ou devido a situações traumáticas.
A causa genética, também chamada de primária, é uma disfunção neurológica que aparece já nos primeiros anos de vida. A de desenvolvimento ou secundária é causada por hormônios ou outros quadros físicos de origem externa, como má nutrição. A causa tardia, também chamada de dislexia adquirida, é consequência de lesões no cérebro, por acidentes.
Quais são os principais sintomas?
Para ter certeza de que alguém tem dislexia, é fundamental buscar ajuda de profissionais. Através de exames, como audiometrias, o diagnóstico será mais preciso. No entanto, alguns sintomas costumam aparecer com frequência nesses casos. Veja alguns:
- Dispersão.
- Atraso de desenvolvimento da fala.
- Dificuldades motoras, como limitações na hora de escrever, desenhar ou fazer movimentos básicos de ginástica.
- Resistência à leitura.
- Dificuldades excessivas com jogos de rimas ou os chamados “trava-línguas”.
- Dificuldades em manusear e interpretar mapas.
Mitos sobre dislexia
Compreender a dislexia sem preconceitos ou limitações é algo que vem acontecendo aos poucos, especialmente nos ambientes escolares. Por isso mesmo, ainda existem alguns mitos sobre o assunto, que acabam prejudicando crianças e aterrorizando pais e professores. Para esclarecê-los de uma vez por todas, vale a pena lembrar que:
- Dislexia não é doença. É um transtorno de aprendizagem que demanda novas formas de ensinar e aprender.
- Se meu filho ou filha tem dislexia, não significa que não é inteligente. Além de cruel, esse é um enorme erro. Cientificamente falando, pessoas com esse transtorno de aprendizagem muitas vezes têm um Q.I acima da média. Se o seu filho foi diagnosticado com dislexia, saiba que é inteligente e capaz como qualquer outra criança de sua idade!
Para entender sobre determinado assunto, como a dislexia, vale a pena consultar várias fontes e conhecer pessoas que já lidam com a situação. Dessa forma, você tira suas dúvidas, aprende algo novo e acaba fazendo novos amigos!