Dislipidemias

Por Débora Carvalho Meldau

Graduada em Medicina Veterinária (UFMS, 2009)

Categorias: Doenças
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Dislipidemias, também conhecidas como hiperlipidemias ou hiperlipoproteinemia, estão relacionadas com o aumento de lipídios (gordura) sanguíneos, especialmente do colesterol e triglicerídeos (TGs), o que predispõe ao aparecimento da aterosclerose (depósitos de placas de gordura).

Os lipídios são moléculas de gordura, transportadas numa cápsula de proteína, sendo que a densidade dos lipídios e o tipo de proteína é que determinam o destino dessa partícula. As gorduras são obtidas dos alimentos (30%) ou são formadas em nosso próprio corpo (70%), especialmente no fígado podendo ser armazenadas nas células adiposas para uso posterior. Os lipídios são componentes essenciais das membranas celulares, das bainhas de mielina das células nervosa e da bile.

As dislipidemias podem ter duas causas:

Os sintomas gerados pelas dislipidemias são diversos, dentre eles estão: arteriosclerose, angina pectoris, infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral, insuficiência vascular periférica, entre outros. No entanto, muitos casos de dislipidemias são assintomáticas e suas consequências também são sérias. Por esses motivos, pacientes que estão dentro da classificação da Associação Médica Brasileira devem se precaver e realizar exames de rotina.

O risco de arteriosclerose é avaliado através da análise dos fatores de risco causais Entre esses fatores estão:

A dosagem de colesterol total e suas frações é o elemento básico para o seu diagnóstico. Raras vezes podem surgir problemas de pele resultantes da dislipidemia, como xantelasmas e os xantomas.

Diversos fármacos são indicados para o tratamento das dislipidemias. As vastatinas ou estatinas são recomendadas para reduzir o LDL-C (“colesterol ruim”) em adultos. O uso desses medicamentos reduz os eventos coronários isquêmicos e a necessidade de revascularização do miocárdio.

A colestiramina é recomendada para crianças e como coadjuvante nos tratamentos com as vastatinas. Todavia, não pode ser usada nas dislipidemias por hipertrigliceridemia. Neste último caso, o recomendado é o tratamento à base de fibratos, que reduzem o risco de eventos coronarianos em homens, aumentam o HDL-C e reduzem o TGs.

Como nem sempre é possível prevenir essa condição por apresentar também causas genéticas, recomenda-se uma mudança na dieta. A terapia nutricional se faz necessária para evitar o consumo excessivo de gordura e o conseqüente acúmulo de lipídios nas paredes vasculares. Entre as recomendações alimentares estão: redução dos alimentos de origem animal, os óleos de coco e dendê, maior ingestão de alimentos com Ômega-3 (peixes de água fria e óleos de soja e canola) e ingestão de vegetais e fibras solúveis. Como o sedentarismo também é um fator predisponente da dislipidemia, a prática regular de exercícios físicos previne a formação de placas de gordura, melhora a condição cardiovascular, diminui a obesidade e o estresse e influencia positivamente a pressão arterial. Outra medida importante é o combate ao tabagismo.

Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Dislipidemia
http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?673
http://portaldocoracao.uol.com.br/materias.php?c=doencas-cardiovasculares-az&e=132
http://drfabiofujita.site.med.br/index.asp?PageName=Dislipidemias

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