Distrofia Miotônica de Steinert

Por Débora Carvalho Meldau

Graduada em Medicina Veterinária (UFMS, 2009)

Categorias: Doenças congênitas, Doenças genéticas
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A distrofia miotônica de Steinert (DMS), também denominada distrofia atrófica, é uma miopatia miotônica autossômica dominante que relaciona-se com alterações em outros órgãos como olhos, coração, sistema endócrino, sistema nervoso central e periférico, sistema gastrointestinal, pele e ossos.

O gene responsável pela DMS localiza-se no cromossomo 19 e codifica uma proteína quinase que tem papel regulador. Nos indivíduos portadores dessa condição, este gene encontra-se aumentado por uma repetição de 3 base (CTG - citosina, timina, guanina). A quantidade de repetição destas 3 bases varia, aumentando de geração para geração, sendo que a doença torna-se mais severa com o aumento do número de bases.

A DMS é relativamente rara e acomete ambos os sexos igualmente, sendo mais freqüente em adultos jovens. Os músculos afetados, em ordem, são os da face, pescoço, mãos, antebraços e pés.

O primeiro sinal clínico é o acometimento, preferencialmente, da musculatura esquelética, tendo como característica clínica mais relevante uma progressiva debilidade muscular, atrofia muscular e fenômenos miotônicos, vistos como uma relutância de relaxamento da musculatura após uma contração. Clinicamente, a DMS divide-se em quatro formas:

Com relação aos aspectos fonoaudiológicos, os portadores de DMS exibem alterações dos movimentos faciais, ptose palpebral, atrofia dos músculos responsáveis pela mastigação, fraqueza na musculatura orofaríngea e laríngea, comprometimento da fala e mudança vocal.

O diagnóstico pode ser obtido através da análise direta do tamanho da repetição CTG no cromossomo19, por meio das técnicas de Southern blotting e PCR. Indivíduos normais possuem de 5 a 30 repetições, ao passo que indivíduos com DMS apresentam mais de 50 repetições. O exame molecular possibilita corroborar a confirmação do diagnóstico clínico, bem como reconhecer portadores assintomáticos na família.

Pesquisas realizadas mostraram a melhora na qualidade de vida de pacientes com DMS conferida por exercícios fisioterápicos adequados.

Fontes:
http://genoma.ib.usp.br/pesquisas/doencas_distrofia-miotonica-steinert.php
https://web.archive.org/web/20090503072345/http://www.portaldafisioterapia.com:80/?pg=fisioterapia_neurofuncional&id=733
https://web.archive.org/web/20140720082213/http://drashirleydecampos.com.br/noticias/25816
http://pt.wikipedia.org/wiki/Distrofia_muscular_progressiva
http://www.scielo.br/pdf/rsbf/v13n4/a08v13n4.pdf
https://web.archive.org/web/20090903144252/http://www4.uninove.br:80/ojs/index.php/saude/article/viewFile/200/190

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