Raiva

Por Thais Pacievitch
Categorias: Doenças
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A Raiva é uma zoonose, doença de animais e transmitida por animais a seres humanos, causada por um vírus da família rhabdoviridae do gênero Lissavirus. Este distúrbio, infeccioso e agudo, se espalha pelo sistema nervoso de mamíferos domésticos ou selvagens como cães, gatos e morcegos, por exemplo. Este distúrbio só é curável em seus estágios iniciais. Quando a doença se estabelece ela é letal e, em humanos, só o que se pode fazer é um tratamento paliativo para diminuir o sofrimento do paciente.

A transmissão ocorre toda vez que as pessoas entram em contato com a saliva de um animal infectado, isto pode se dar através de mordidas, arranhões e lambidas, ou seja, não necessariamente precisa haver agressão por parte do animal. Aliás, uma das características do animal infectado é a agressividade elevada. O cão responde pelo maior índice de contágio dos casos registrados no Brasil, mas é preciso lembrar que os animais silvestres, por serem reservatórios naturais do vírus, contribuem bastante para a disseminação da doença já que podem contaminar animais domésticos. A contaminação entre humanos só foi citada na literatura nos transplantes de córnea.

A incubação no homem é longa, os sintomas aparecem entre três semanas e dois anos, mas há relatos na literatura falando de incubações de até seis anos. Os sintomas nos seres humanos normalmente são náuseas, febre pouco intensa, dor de garganta, cefaléias, ansiedade, hidrofobia (medo de água), alucinações visuais e auditivas, delírio e acessos de fúria, convulsões, paralisia progressiva, coma e morte. O período de incubação nos animais é muito variável, neles os sintomas são: fotofobia (medo da claridade), agressividade, mordidas no ar, salivação excessiva, dificuldade para engolir, alterações de comportamento e paralisia. Quando chega neste estágio o animal pára de ingerir água e alimentos, e morre em decorrência de parada respiratória.

A melhor forma de prevenir episódios de contágio é a vacinação de animais com os quais se tem um convívio muito próximo. A vacinação em humanos acontece somente nos casos de altíssimo risco, tais como em profissionais constantemente envolvidos com animais feito médicos veterinários e pessoas mordidas recentemente.

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