Empiema subdural

Por Débora Carvalho Meldau

Graduada em Medicina Veterinária (UFMS, 2009)

Categorias: Doenças
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Um empiema subdural trata-se da presença de pus no espaço entre o a duramáter e a aracnóide, que pode surgir tanto no cérebro quanto na medula espinhal.

Anteriormente aos antibióticos, a causa mais comum de empiema sudbural intracraniano era a otite média crônica. Nos dias de hoje, esta condição costuma surgir depois de aproximadamente 1 semana de um quadro de sinusite, e com menor frequência, decorrente de outros processos predisponentes. Em um processo de sinusite, pode ocorrer disseminação intracraniana da infecção por meio dos seios faciais; por via direta, devido à erosão da parede posterior do seio frontal; devido a tratamento incorreto da sinusite; indivíduos imunodeprimidos; problemas ósseos das paredes dos seios da face que podem ser congênitos ou adquiridos. Já quando o empiema é resultante de uma bacteremia sistêmica, o foco primário geralmente ocorre nos pulmões.

O empiema subdural pode surgir em qualquer idade; contudo, é mais comum dentre os 20 a 30 anos de idade. Com relação ao sexo, os indivíduos do sexo masculino são quatro vezes mais acometidos do que as mulheres. Dentre as manifestações clínicas estão: febre; cefaléia localizada de início, tornando-se generalizada posteriormente; êmese; sinais de irritação meníngea; comprometimento de algumas funções que pode evoluir para disfunção total do hemisfério acometido. Crises convulsivas também podem estar presentes.

Deve-se suspeitar de empiema subdural em pacientes que apresentam sinais meníngeos e déficit neurológico, sendo que o histórico de sinusite reforça a suspeita. O diagnóstico diferencial deve ser alcançado por meio da clínica. Os métodos de diagnóstico de escolha englobam ressonância magnética e tomografia computadorizada com contraste.

O tratamento do empiema subdural é feito através da drenagem em seguida ao estabelecimento do diagnóstico. A técnica indicada é a craniotomia, pois possibilita a realização de uma adequada exploração e melhor e completa remoção do material purulento. Contudo, alguns autores defendem que a melhor opção é a drenagem por meio de brocas, pois é possível identificar corretamente o local onde o empiema localiza-se por meio dos exames de imagem anteriormente citados. Quando o empiema subdural é resultante de uma sinusite, os seios da face também devem ser drenados. Juntamente com a cirurgia, deve ser realizada antibioticoterapia. Anticonvulsivantes também são indicados em consequência da elevada taxa de convulsões nesses pacientes.

O tratamento conservador pode ser realizado caso o diâmetro a coleção seja inferior a 1,5 cm. No entanto, este último normalmente não é indicado devido à gravidade da condição.

Fontes:
http://www.manualmerck.net/?id=104&cn=936
http://www.scielo.br/pdf/anp/v53n1/20.pdf
https://web.archive.org/web/20181116085351/http://tratado.uninet.edu:80/c040104.html

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