O eritema infeccioso, conhecido também como quinta doença ou megaloeritema epidêmico, consiste em uma doença exantemática benigna, que acomete com maior frequência crianças e adolescentes.
Tem como agente etiológico o vírus B19, sendo esse o único vírus patogênico para os humanos pertencente à família dos parvovírus. Possui genoma de DNA simples, correspondendo a um dos menores vírus reconhecidos até o momento, com aproximadamente 20 nanômetros.
A infecção decorre, principalmente, da inalação de perdigotos expelidos por indivíduos infectados (transmissão horizontal). Além disso, a mãe também pode transmitir a infecção para o feto durante o período gestacional (transmissão vertical), podendo causar aborto ou malformação fetal.
O período de incubação do vírus varia de 4 a 14 dias, sendo que os surtos são mais comuns na Primavera. No começo este transtorno pode ser assintomático. Por conseguinte, pode surgir febre baixa, cefaleia, dor no corpo, mal-estar geral, prurido, palidez ao redor da boca e máculopápulas, deixando as bochechas bem avermelhadas, sendo estes dois últimos sintomas os mais comuns.
Após 24 a 48 horas, a erupção alcança o tronco, membros inferiores e superiores, bem como as extremidades do corpo, desaparecendo em seguida. Contudo, pode recidivar em regiões do corpo que ficam expostas à luz solar, bem como devido a mudanças bruscas de temperatura, estresse ou esforço físico. Em alguns casos, podem ser observadas dores musculares e articulares.
O diagnóstico é clínico, baseado principalmente nas erupções cutâneas. Exames laboratoriais podem ser úteis para verificar os níveis de anticorpos para o vírus B19, visando estabelecer o diagnóstico diferencial com outras doenças exantemáticas, como rubéola e sarampo.
O tratamento do eritema infeccioso é similar ao preconizado para outras doenças virais, abrangendo repouso e uso de analgésicos, antitérmicos e anti-histamínicos.
Não existe, até o momento, uma vacina que imunize o indivíduo contra o vírus B19. A melhor forma de prevenir esta doença é por meio da adoção de medidas de higiene, como, por exemplo, lavar as mãos regularmente. Além disso, mulheres gestantes e pacientes imunossuprimidos devem evitar o contato com pessoas contaminadas.
Fontes:
http://drauziovarella.com.br/crianca-2/eritema-infeccioso/http://www.saude.go.gov.br/index.php?codLetra=4023&id=83716
http://www.manualmerck.net/?id=286&cn=1522
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/doencas/eritema-infeccioso/