Eritema Infeccioso

Por Débora Carvalho Meldau

Graduada em Medicina Veterinária (UFMS, 2009)

Categorias: Doenças
Ouça este artigo:
Este artigo foi útil? Considere fazer uma contribuição!

O eritema infeccioso, conhecido também como quinta doença ou megaloeritema epidêmico, consiste em uma doença exantemática benigna, que acomete com maior frequência crianças e adolescentes.

Tem como agente etiológico o vírus B19, sendo esse o único vírus patogênico para os humanos pertencente à família dos parvovírus. Possui genoma de DNA simples, correspondendo a um dos menores vírus reconhecidos até o momento, com aproximadamente 20 nanômetros.

A infecção decorre, principalmente, da inalação de perdigotos expelidos por indivíduos infectados (transmissão horizontal). Além disso, a mãe também pode transmitir a infecção para o feto durante o período gestacional (transmissão vertical), podendo causar aborto ou malformação fetal.

O período de incubação do vírus varia de 4 a 14 dias, sendo que os surtos são mais comuns na Primavera. No começo este transtorno pode ser assintomático. Por conseguinte, pode surgir febre baixa, cefaleia, dor no corpo, mal-estar geral, prurido, palidez ao redor da boca e máculopápulas, deixando as bochechas bem avermelhadas, sendo estes dois últimos sintomas os mais comuns.

Após 24 a 48 horas, a erupção alcança o tronco, membros inferiores e superiores, bem como as extremidades do corpo, desaparecendo em seguida. Contudo, pode recidivar em regiões do corpo que ficam expostas à luz solar, bem como devido a mudanças bruscas de temperatura, estresse ou esforço físico. Em alguns casos, podem ser observadas dores musculares e articulares.

O diagnóstico é clínico, baseado principalmente nas erupções cutâneas. Exames laboratoriais podem ser úteis para verificar os níveis de anticorpos para o vírus B19, visando estabelecer o diagnóstico diferencial com outras doenças exantemáticas, como rubéola e sarampo.

O tratamento do eritema infeccioso é similar ao preconizado para outras doenças virais, abrangendo repouso e uso de analgésicos, antitérmicos e anti-histamínicos.

Não existe, até o momento, uma vacina que imunize o indivíduo contra o vírus B19. A melhor forma de prevenir esta doença é por meio da adoção de medidas de higiene, como, por exemplo, lavar as mãos regularmente. Além disso, mulheres gestantes e pacientes imunossuprimidos devem evitar o contato com pessoas contaminadas.

Fontes:
http://drauziovarella.com.br/crianca-2/eritema-infeccioso/http://www.saude.go.gov.br/index.php?codLetra=4023&id=83716
http://www.manualmerck.net/?id=286&cn=1522

AVISO LEGAL: As informações disponibilizadas nesta página devem apenas ser utilizadas para fins informacionais, não podendo, jamais, serem utilizadas em substituição a um diagnóstico médico por um profissional habilitado. Os autores deste site se eximem de qualquer responsabilidade legal advinda da má utilização das informações aqui publicadas.
Este artigo foi útil? Considere fazer uma contribuição!