Esôfago de Barrett

Por Débora Carvalho Meldau

Graduada em Medicina Veterinária (UFMS, 2009)

Categorias: Doenças digestivas
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O esôfago de Barrett, também chamado de metaplasia colunar do esôfago, é uma condição que acomete a porção inferior do esôfago, onde há uma troca da mucosa esofágica por células presentes na mucosa intestinal.

Seu desenvolvimento se dá devido ao refluxo para o esôfago do conteúdo estomacal, onde estão presentes ácidos e secreções bilio-pancreáticas, resultando em agressão à mucosa esofágica. Com o objetivo de se proteger dessa agressão, o organismo substitui o revestimento por outro mais resistente.

Essa doença pode ser encontrada em qualquer idade, mas sua prevalência aumenta em indivíduos acima de 60 anos de idade, e é duas vezes mais comum em homens do que mulheres. Como fatores de risco incluem o tabagismo e a obesidade, e é encontrada em aproximadamente 10% dos pacientes que possuem problemas de refluxo esofágico. Este problema é considerado uma condição pré-maligna, em outras palavras, pode evoluir para câncer esofágico, pois as células esofágicas podem continuar a sofre mutações a ponto de se tornarem cancerosas.

Apenas o esôfago de Barrett não apresenta sinais clínicos. Estes são da doença do refluxo esofágico, como: queimação na “boca do estômago” ou atrás do peito, regurgitação, dor ou dificuldade para engolir.

O diagnóstico é feito através da endoscopia digestiva alta. No exame nota-se uma lesão de “cor salmão” ou “cor vermelho-róseo”. O médico que realiza o exame coleta amostras da lesão esofágica que serão encaminhadas para a biópsia, para determinação do tipo celular (gástrica ou intestinal).

Ainda não existem medicamentos que façam com que essa doença regrida. No entanto, os medicamentos que tratam a doença do refluxo esofágico, reduzem a progressão da doença e previnem as suas possíveis complicações.

A prevenção do surgimento dessa doença é feito através do tratamento clínico e medicamentoso, podendo ser realizada cirurgia nos casos de alterações com maior gravidade. Nos casos onde não há metaplasia, recomenda-se que o acompanhamento por meio da endoscopia seja feito a cada 3-5 anos. Nos casos de metaplasia de baixo-grau, recomenda-se o exame anual.

Fontes:
http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?187
http://pt.wikipedia.org/wiki/Es%C3%B4fago_de_Barrett
http://www.gastroalgarve.com/doencasdotd/esofago/drge.htm
https://web.archive.org/web/20180905065553/http://www.nutricaoativa.com.br/conteudo.php?id=346
http://saude.psicologiananet.com.br/refluxo-gastroesofagico-esofago-de-barrett-doenca-do-esofago-dificuldade-para-engolir.html

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