A febre de Lassa trata-se de uma rara doença viral aguda transmitida por animais infectados, como artrópodes e roedores, especialmente os ratos.
Esta doença foi descoberta no ano de 1969, devido à morte de duas enfermeiras na cidade de Lassa, na Nigéria.
Ocorre especialmente na África Ocidental, em países como Serra Leoa, Congo, Libéria e Nigéria, acometendo em torno de 100.000 a 300.000 indivíduos, causando, no mínimo, 5.000 mortes anualmente.
O agente responsável por esta doença é um RNA vírus pertencente à família Arenaviridae, transmitida aos humanos pelo contato com excrementos de animais contaminados, por via respiratória ou digestória. Também é possível adquirir a doença por meio de fissuras cutâneas ou pelas mucosas quando em contato direto com o material contaminado.
As manifestações clínicas desta patologia normalmente surgem dentro de 1 a 3 semanas após o contato com o vírus e inclui:
- Febre crescente;
- Faringite;
- Tosse;
- Dor no peito;
- Conjuntivite;
- Dor lombar;
- Vômito;
- Diarréia ou constipação;
- Fraqueza geral;
- Disfagia;
- Hepatite;
- Pericardite;
- Hipertensão ou hipotensão;
- Taquicardia;
- Encefalite;
- Meningite;
- Déficit auditivo;
- Ataques apopléticos.
Uma vez que esta doença apresenta sintomatologia variada e inespecífica, o diagnóstico clínico torna-se muito difícil. Caso o paciente tenha estado na África Ocidental pelo menos 3 semanas antes dos sintomas surgirem, esse fato deve ser comunicado ao médico. A confirmação é alcançada através de exames laboratoriais, mais comumente pelo ELISA, capaz de detectar a presença de anticorpos IgM e IgG, bem como o antígeno para a febre de Lassa. Dentre outros exames que também podem ser feitos estão: cultura, imuno-histoquímica e PCR.
O tratamento de eleição para esta doença é o medicamentoso, que utiliza o antiviral ribavirina, que é mais eficaz quando administrado no início da doença. Também é feito o tratamento suporte, fazendo a manutenção de fluídos, da pressão arterial, da oxigenação e balanço eletrolítico, além do tratamento de infecções secundárias.
A prevenção da doença pode ser feita evitando o contato com os transmissores desta afecção, por meio de medidas de controle dos mesmos, especialmente nas regiões endêmicas.
Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Febre_de_Lassa
http://cuidadossaude.com/2010/05/febre-de-lassa-definicao/
http://www.tuasaude.com/febre-de-lassa/
http://www.revistamedicaanacosta.com.br/11(2)/artigo_6.htm
http://www.cdc.gov/ncidod/dvrd/spb/mnpages/dispages/lassaf.htm
http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs179/en/