Fibrodisplasia Ossificante Progressiva

Graduada em Medicina Veterinária (UFMS, 2009)

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A fibrodisplasia ossificante progressiva, conhecida como FOP consiste em uma rara desordem genética, autossômica dominante, caracterizada pela formação de ossos no interior dos músculos, tendões, ligamentos e outros tecidos conjuntivos e alterações congênitas das extremidades.

A princípio, esta patologia foi denominada miosite ossificante progressiva, ou seja, músculos que gradativamente transformam-se em ossos. Todavia, descobriu-se que esta transformação não ocorre somente nos músculos, mas também outros tecidos conjuntivos, passando então a receber o nome atual.

Clinicamente, ocorre ossificação progressiva do tecido conjuntivo, levando gradativamente a uma limitação da mobilidade osteoarticular, resultando em malformação do hálux (hálux valgo), microdactilia e clinodactilia, edema doloroso da região cervical e torácica. Desta forma, o paciente adota uma postura limitada, ficando impossibilitado até de sentar, fato que caracteriza uma forma avançada da desordem, passando a ser chamada de síndrome de “stone man”. Neste ponto, o paciente evolui rapidamente ao óbito, devido à restrição respiratória.

O diagnóstico é feito com base na presença dos seguintes critérios:

  • Malformações congênitas do hálux do pé;
  • Ossificação endocondral heterotópica;
  • Progressão da desordem em padrões anatômicos e temporais bem demarcados.

Embora os exames laboratoriais não apresentem grande importância para o diagnóstico da FOP, nos quadros agudos pode evidenciar discreto aumento da velocidade de hemossedimentação (VHS). A confirmação do diagnóstico clínico pode ser feito através de exames clínicos e radiografias que apontam o osso heterotópico no organismo. Os testes de função pulmonar comumente evidenciam alteração ventilatória restritiva e volume pulmonar reduzido, em decorrência do desenvolvimento do osso heterotópico.

Não existe cura para a FOP. O tratamento visa minimizar os sintomas e evitar a progressão dessa condição, utilizando-se fármacos e evitando a ocorrência de traumas, uma vez que os mesmos podem acelerar a ossificação heterotópica, deve-se evitar qualquer tipo de trauma, tanto provocado quanto acidental.

Fontes:
http://www.rb.org.br/detalhe_artigo.asp?id=1456
http://www.scielo.br/pdf/rb/v38n1/23370.pdf
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fibrodisplasia_ossificante_progressiva
http://www.ortopediatrica.com.br/aagkujahdbuahdilwgemigetdaldtenhdtgajutiejhgtmoiuyubgtuilojutgtuuooistghiunolsgsstred2aksbgt8wjsikhol/imprensa/douglas_5112009_13126.pdf

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Arquivado em: Doenças genéticas
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