Glomerulonefrite Membranoproliferativa

Graduada em Medicina Veterinária (UFMS, 2009)

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A glomerulonefrite membranoproliferativa consiste em um mecanismo característico de lesão glomerular, caracterizado por hipercelularidade decorrente da proliferação de células mesangiais e pela proliferação celular endocapilar. Pode apresentar causa primária, secundária ou ainda idiopática.

Afeta preferencialmente indivíduos jovens, com menos de 30 anos de idade. Clinicamente pode apresentar-se como síndrome nefrótica (70% dos casos) e síndrome nefrítica aguda (20% dos casos). Quadro assintomático apresentando hematúria e proteinúria pode ocorrer entre 15 a 30% dos casos desta desordem.

Classifica-se a glomerulonefrite membranoproliferativa em três tipos distintos, sendo que todos apresentam um ponto em comum, que é a parede capilar com duplo contorno, decorrente da presença de depósitos de imunocomplexos subendoteliais. Os tipos são:

  • Tipo I: caracteriza-se pela presença de depósitos eletrondensos de C3 em padrão granular e IgG subendoteliais.
  • Tipo II: caracteriza-se pela transformação da membrana glomerular em uma estrutura altamente eletrodensa, irregular, em decorrência da deposição de material eletrodenso de composição desconhecida. Nesse caso há ausência de imunoglobulina.
  • Tipo III: caracteriza-se pela comunicação dos depósitos subendoteliais com os depósitos subepiteliais através de fenestras da membrana glomerular.

Clinicamente, é comum encontrar hipertensão leve, com pressão arterial diastólica inferior a 90 mmHg, além de déficit da função renal, que é observada em 40 a 60% dos pacientes, logo na primeira consulta. Além disso, outra característica desta doença é a hipocomplementemia persistente.

Em exames histopatológicos observa-se hipercelularidade e duplicação da membrana basal glomerular, bem como deposição de partículas do sistema complemento e de imunoglobulinas.

Ainda não foi estabelecida a melhor forma de tratamento para a glomerulonefrite membranoproliferativa. Podem ser utilizados corticosteroides, anti-agregantes plaquetários. Nos casos secundários, deve ser feito o tratamento da causa subjacente. Também pode haver remissão espontânea do quadro.

Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Glomerulonefrite_membranoproliferativa
http://www.lian-ebmsp.com.br/Nefropedia.View.php?id=59

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