Hidradenite

Por Débora Carvalho Meldau

Graduada em Medicina Veterinária (UFMS, 2009)

Categorias: Doenças
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A hidradenite, também chamada de hidrosadenite, é uma infecção de origem bacteriana das glândulas sudoríparas apócrinas, decorrente de uma predisposição individual que pode complicar-se devido a infecções.

Acomete, em especial, a região axilar. Contudo, afeta também as regiões perineal, inframamária, retroauricular e inguinal. Aparentemente, a etiologia reside na obstrução do folículo, sendo que, aparentemente, a utilização de desodorantes anti-transpirantes e a depilação são considerados fatores predisponentes ou agravantes para o aparecimento da afecção, que acomete especialmente indivíduos do sexo feminino.

Foi descrita pela primeira vez, em 1839, por Velpeau, que relatou a localização peculiar de abscessos axilares, mamária e perineal. Em publicações entre os anos de 1854 a 1865, Aristides Verneuil, disseminou os conhecimentos sobre a enfermidade, com base em aspectos clínicos. Já em 1893, Pollitzer e Dubreuilh correlacionaram a doença com as glândulas sudoríparas. Todavia, foi apenas em 1939, que Brunsting publicou um trabalho completo e explicativo.

As manifestações clínicas caracterizam-se pela presença de abscessos avermelhados e fístulas recidivantes, que depois de findada a inflamação, resulta em áreas fibrosadas, orifícios fistulosos e diminuta secreção purulenta. Pode ser isolado ou múltiplo.

O diagnóstico, quando se tratar de um quadro crônico, é clínico e realizado facilmente. Em certas ocasiões, se faz necessária a realização de biópsias para confirmação do diagnóstico.

A complicação aguda mais importante é o processo inflamatório que, subseqüentemente, torna-se infeccioso, afetando tecidos superficiais e profundos com celulite, abscessos e supurações. No que diz respeito às complicações crônicas, estão são conseqüentes de fístulas e do acometimento de estruturas de valor, como o sacro e o cóccix, esfíncter, uretra e vasos calibrosos.

O tratamento clínico é realizado com antibióticos locais e sistêmicos. O tratamento cirúrgico é tido como o de eleição, no qual é  realizado o esvaziamento glandular.

Fontes:
http://www.dermatologia.net/novo/base/doencas/hidradenite.shtml
https://web.archive.org/web/20170606231036/http://www.clinicaleger.com.br:80/hidradenite.htm
http://www.sbcp.org.br/pdfs/20_1/01.pdf
http://www.apm.org.br/fechado/d_tratamento/dt_6ed1/37-39.pdf
http://www.portaleducacao.com.br/estetica/noticias/29525/hidradenite-hidrosadenite

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