A hidranencefalia consiste em uma condição incomum, na qual os hemisférios cerebrais encontram-se ausentes e, preenchendo o espaço resultante dessa ausência, são observados “sacos” repletos de líquido cefalorraquidiano (LCR).
Até o momento não se conhece a causa exata desta condição. Todavia, na maior parte dos casos, acredita-se que resulte de um insulto vascular, como um acidente vascular cerebral, lesões, infecção intra-uterina ou distúrbios traumáticos após o primeiro trimestre gestacional. Nos casos de infecção intra-uterina, as mais comuns são toxoplasmose, adenovírus, parvovírus, herpes simples, dentre outros. Outra possível causa é a exposição ao monóxido de carbono durante a gestação.
A hidronencefalia trata-se de uma forma extrema de porencefalia. Bebês com esta condição podem parecer normais ao nascer, com tamanho de cabeça normal, bem como o comportamento no geral. Contudo, após algumas semanas, a criança começa a se apresentar mais irritada, além de ocorrer um aumento em seu tônus muscular. Após alguns meses, podem surgir crises convulsivas e hidrocefalia. Além disso, também podem ser observadas alterações do campo visual, ausência de crescimento, perda auditiva, paralisia e retardo mental.
O diagnóstico é feito com base no quadro apresentado pelo bebê. Pode ser feito também o diagnóstico pré-natal, durante um exame de ultrassonografia.
Não existe uma forma de corrigir esta desordem. O tratamento é somente sintomático e de apoio.
A expectativa de vida para os pacientes com hidranencefalia é mínima, morrendo, comumente, dentro de poucos meses. Raramente algum paciente sobrevive durante vários anos.
Fontes:
http://en.wikipedia.org/wiki/Hydranencephaly
http://www.ninds.nih.gov/disorders/hydranencephaly/hydranencephaly.htmhttp://www.disabled-world.com/health/neurology/hydranencephaly.php
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/doencas/hidranencefalia/