Hipertireoidismo, ou hipertiroidismo, é uma doença da glândula tireóide, na qual a glândula produz hormônios tireoidianos em excesso: tetraiodotironina (T4), triiodotironina (T3) ou ambos. Esse excesso de hormônios resulta no aceleramento das funções do organismo e muito mais comum ocorrer em mulheres.
Existem diversas causas para essa disfunção. Estão entre elas:
- Nódulos na tireóide,
- Doença de Graves;
- Tireoidite;
- Elevada ingestão de iodo;
- Aumento dos hormônios tireoidianos como consequência de medicamentos;
- Raramente devido a tumores benignos na glândula pituitária.
Entre os diferentes sintomas apresentados pelos pacientes com hipertireoidismo estão:
- Sudorese,
- Intolerância ao calor;
- Fome excessiva;
- Aumento do ritmo intestinal;
- Tremores;
- Palpitações;
- Emagrecimento;
- Unhas e cabelos quebradiços.
Nas mulheres também há alterações do ciclo menstrual e problemas de infertilidade. Na maioria dos pacientes, esse quadro clínico associa-se a um aumento visível da parte inferior do pescoço, formando o bócio, sendo que esses indivíduos podem desenvolver problemas oculares.
O diagnóstico é feito por meio do histórico do paciente e da realização de um exame físico. Exames laboratoriais podem confirmar o hipertireoidismo, como o teste do hormônio estimulante da tireóide (TSH), que é a medida mais precisa da atividade dessa glândula. Caso fique confirmado o hipertireoidismo, serão necessários outros testes para investigar a etiologia dessa condição.
Existem três tipos possíveis de tratamento para o hipertireoidismo: medicação, radiação ou cirurgia. A escolha deve ser feita pelo médico de acordo com o caso de cada paciente. Os principais fármacos utilizados nesse tratamento são o metimazol e o propiltiuracil, sendo que ambas agem impedindo a produção de hormônios pela tireóide. Para o controle imediato dos sintomas, podem ser usadas drogas β-bloqueadoras, como o propanolol ou atenolol.
Aproximadamente 30% dos pacientes conseguem suspender em definitivo o uso de medicamentos após 2 anos de tratamento, sem que haja recidiva. Todavia, a maior parte dos pacientes com hipertireoidismo dependem dos medicamentos.
A radiação é uma opção de tratamento definitivo. Consiste na ingestão de cápsulas com iodo radioativo que levam à destruição da tireóide. Como essa glândula utiliza o iodo para produzir T3 e T4, ela passa a concentrar toda a radiação ingerida, sendo destruída pela mesma dentro de 6 a 18 semanas.
A outra opção é a retirada cirúrgica da tireóide. É a opção menos utilizada devidos aos riscos de complicações. É indicada quando a tireóide está muito aumentada, com grande bócio e risco de obstrução das vias aéreas.
Fontes:
http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?247
http://www.portalendocrino.com.br/tireoide_hipertireoidismo.shtml
http://www.copacabanarunners.net/hipertireoidismo.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hipertiroidismo
http://www.projetodiretrizes.org.br/5_volume/25-Hipertireoidismo.pdf
http://www.mdsaude.com/2010/03/hipertireoidismo-doenca-de-graves.html
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/doencas/hipertireoidismo/