Hipervitaminose

Por Aline Pacheco de Oliveira Lima

Graduada em Ciências Biológicas (Unifesp, 2013)

Categorias: Doenças, Nutrição
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A hipervitaminose é o quadro clinico cuja concentração de determinada vitamina está excedente em relação a quantidade ideal para ela. É muito raro e pouco provável que a hipervitaminose seja alcançada através das fontes alimentares comuns, mas que o excesso de vitamina(s) seja ocorrido devido a suplementação indevida.

Algumas vitaminas possuem certos efeitos colaterais quando são armazenadas no organismo em grandes quantidades. Os sintomas comumente documentados são náusea, vômitos e diarreia. É possível que tais sintomas desapareçam ao cessar a suplementação vitamínica excessiva, no entanto podem elas podem gerar consequências mais graves

As hipervitaminoses são classificadas de acordo com a vitamina que está em excesso: Hipervitaminose A, hipervitaminose B, hipervitaminose C, hipervitaminose D e hipervitaminose K.

Uma vez que a vitamina A está relacionada com o inchaço das células, o excesso da mesma, pode causar um rompimento das células, o que pode ser altamente tóxico para o tecido. Alguns sintomas da hipervitaminose A incluem visão turva, confusão mental, sonolência, aumento da pressão intracraniana, dor de cabeça, palidez, maior sensibilidade à luz solar, entre outros. A intoxicação pode ser aguda, onde o tempo da superingestão deu em algumas horas ou poucos dias, ou crônica, onde a superingestão se dá durante meses ou anos e é considerada mais grave que a forma aguda.

A hipervitaminose D leva a hiper-concentração de cálcio no sangue o que pode levar a hiper-calcificação de ossos e mesmo de tecidos moles como coração e rins. Os sintomas de hipervitaminose D incluem desidratação, náuseas, queda de apetite, constipação, fadiga e fraquezas musculares. Tais sintomas levam meses para aparecer após o excesso de ingestão de ingestão de vitamina D. Evidencias mostram que a hipervitaminose D pode estar correlacionada com doenças cardiovasculares (formação de placas de ateroscleroses) uma vez que a vitamina D que é suplementada na dieta, percorre um caminho diferente no organismo em comparação a vitamina D naturalmente ativa na pele pelos raios solares.

A vitamina E é uma vitamina envolvida nos processos anti-coagulantes e, portanto, seu excesso está diretamente relacionado com riscos de sangramentos excessivos. Os sintomas da hipervitaminose E são aumento no sangramento, diminuição na produção dos hormônios tireoidianos e aumento nos níveis de triglicerídeos.

De maneira geral, é pouco comum haver hipervitaminose K, no entanto a suplementação excessiva pode provocar sintomas característicos como doenças hepáticas e anemia hemolítica. Em crianças é possível que haja danos cerebrais. A vitamina K é a única vitamina cujos valores ideais de suplementação não está completamente claro, pois seus níveis não dependem unicamente da alimentação, mas também da produção dos microrganismos intestinais.

A maior parte dos suplementos alimentares contem vitaminas. Existem também alimentos que são enriquecidos com determinada vitamina para se tornarem nutritivamente mais ricos. Afim de evitar hipervitaminoses é importante que o indivíduo siga indicações medicas-nutricionais. O limite seguro da ingestão das vitaminas foi determinado na União europeia. Os valores têm por base doses diárias necessárias para cada vitamina.

Referências:

< https://www.saudeja.com.br/blog/vitaminak > acessado em 05/11/17

Bolander FF (2006). "Vitamins: not just for enzymes". Curr Opin Investig Drugs. 7 (10): 912–5. PMID 17086936.

Rohde LE; de Assis MC; Rabelo ER (2007). "Dietary vitamin K intake and anticoagulation in elderly patients". Curr Opin Clin Nutr Metab Care. 10 (1): 1–5. doi:10.1097/MCO.0b013e328011c46c. PMID 17143047

Tolerable Upper Intake Levels For Vitamins And Minerals (PDF), European Food Safety Authority, 2006

Price, Catherine (2015). Vitamania: Our obsessive quest for nutritional perfection. Penguin Press. ISBN 978-1594205040.

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