O hipotireoidismo, ou hipotiroidismo, pode ser definido como o estado clínico resultante da quantidade insuficiente de hormônios da tireóide na corrente sanguínea para o suprimento das funções normais do organismo.
Existem diversos tipos de hipotireoidismo, sendo que a mais comumente encontrada é a tireoidite de Hashimoto, onde há um ataque por parte do sistema imunológico da glândula tireóide, causando danos a essa estrutura, acabando por comprometer sua capacidade de produzir hormônios. Outra causa comum é a terapia com radioiodo para o hipertireoidismo. A deficiência de iodo na alimentação também pode resultar nessa condição, todavia, sua prevalência tem diminuído no mundo todo devido aos programas governamentais de adição de iodo aos alimentos, principalmente no sal de cozinha. O hipotireoidismo é uma complicação comum nos indivíduos com Síndrome de Down.
Os sintomas causados pela falta do hormônio da tireóide são diversos, pois este regula o funcionamento de quase todos os órgãos do corpo. Quando o nível desse hormônio se encontra reduzido, todos os processos do organismo se tornam mais lentos, sendo os sintomas incluem:
- Excessivo cansaço;
- Desânimo ou até mesmo depressão;
- Raciocínio lento;
- Fala arrastada;
- Intolerância ao frio;
- Déficit de atenção;
- Pele ressecada;
- Cabelos quebradiços;
- Ganho de peso;
- Inchaço nas pernas ou ao redor dos olhos;
- Constipação;
- Fraqueza muscular;
- Ciclo menstrual irregular;
- Redução da sudorese;
- Problemas de fertilidade;
- Aumento do colesterol;
- Bradicardia.
A doença ocorre com maior frequência nas mulheres. Quando essa condição apresenta causa auto-imune (tireóide de Hashimoto) pode ocorrer vitiligo e associação com outros problemas auto-imunes, como diabetes mellitus, insuficiência das glândulas adrenais, hipoparatireoidismo, candidíase e hepatite auto-imune.
Nos adultos, caso essa condição não seja tratada de forma adequada, resulta em uma significativa redução da sua performance física e mental, além de poder levar ao aumento dos níveis de colesterol, que, consequentemente, multiplica as chances de algum problema cardíaco. O hipotireoidismo severo pode evoluir para uma condição grave, com grande risco de vida, o chamado coma mixedematoso, apresentando-se como redução da temperatura corporal, perda de consciência e mau funcionamento cardíaco.
O diagnóstico é feito com base no quadro clínico e confirmado através de um exame de sangue. Os exames que auxiliam nesse diagnóstico são: dosagem de TSH e a dosagem dos hormônios tireoidianos (T3 e T4), sendo que o TSH encontra-se elevado e os hormônios da tireóide estão em baixos níveis sanguíneos.
O tratamento deve ser iniciado assim que o problema for identificado, que é realizado com o uso de levotiroxina (T4) nas doses de 1,6 a 2,2 microgramas por quilo de peso corporal no adulto e de 3 a 15 microgramas por quilo de peso corporal, dependendo da idade do paciente. O controle do tratamento é feito por meio da dosagem do hormônio TSH, sendo que esta sempre deve estar normal. Nos pacientes que são dislipidêmicos, os níveis de colesterol e triglicerídeos também devem ser controlados.
Fontes:
http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?248
https://web.archive.org/web/20110525115035/http://www.drauziovarella.com.br:80/Sintomas/295/hipotireoidismo
http://www.portalendocrino.com.br/tireoide_hipotireoidismo.shtml
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hipotiroidismo
https://web.archive.org/web/20110723185445/http://boasaude.uol.com.br/lib/ShowDoc.cfm?LibDocID=3380&ReturnCatID=667
http://www.projetodiretrizes.org.br/4_volume/17-Hipotireoidismo.pdf
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/doencas/hipotireoidismo/