O lagoftalmo trata-se da incapacidade de fechar os olhos. É ocasionada por algum problema que esteja afetando o músculo orbicular, levando à impossibilidade de oclusão da fenda palpebral.
Pode ter origem neural ou cicatricial, sendo o primeiro muito mais comum do que o segundo. O lagoftalmo paralítico (origem neural) é causado por paresias ou paralisias do nervo VII. No caso do laringoftalmo paralítico isolado, ou seja, que atinge apenas o nervo orbicular é comumente observado em pacientes com Hanseníase. Já no caso do lagoftalmo cicatricial, são os processos restritivos que impedem a descida da pálpebra superior.
O caso mais comum é quando há a paralisia facial periférica, na qual a oclusão ocular pode ficar completamente impossibilitada, dependendo do grau da hipofusão do orbicular. Nessa situação, o que vai balizar a severidade do quadro é a interação entre o grau de deficiência do orbicular e a intensidade do fenômeno de Bell, que consiste na rotação superior dos olhos durante a oclusão da fenda palpebral, podendo surgir desde epífora até úlcera corneana e amaurose.
O tratamento inicial é feito por meio da lubrificação ocular, indução da oclusão da fenda palpebral através de procedimentos cirúrgicos, uso de câmara úmida e uso de técnicas que aumentem a umidade ambiental. Os procedimentos cirúrgicos envolvem tarsorrafias mediais e laterais. Todavia, nenhuma dessas técnicas leva ao resultado desejado, obstruindo a visão periférica, não levando à proteção adequada da córnea, além de ocasionar intensas distorções anatômicas da fenda palpebral.
Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Lagoftalmo
http://www.medicinageriatrica.com.br/tag/lagoftalmo/http://www.scielo.br/pdf/rbof/v68n1/06.pdf