Leucemia

Por Aline Oliveira Silva

Graduação em Biologia (CUFSA, 2010)
Especialização/MBA em Análises Clínicas (Uninove, 2012)

Categorias: Doenças
Este artigo foi útil? Considere fazer uma contribuição!

Leucemia é um tipo de câncer, que envolve os glóbulos brancos, denominados leucócitos, que são as células responsáveis pela defesa do organismo. Os leucócitos são produzidos na medula óssea, que possui a função de produzir as células sanguíneas, como os glóbulos vermelhos (hemácias), as plaquetas e os próprios leucócitos.

Os leucócitos se proliferam de forma desenfreada na medula óssea, produzindo um grande número de células imaturas e não funcionais, que não se diferenciam e prejudicam a produção das outras células da medula como as hemácias e as plaquetas. Essas células imaturas são lançadas na corrente sanguínea.

As leucemias se dividem em agudas e crônicas, e em mieloides ou linfoides, sendo a classificação em: leucemias mieloide aguda (LMA), leucemia linfocítica aguda (LLA), leucemia mieloide crônica (LMC) e a leucemia linfocítica crônica (LLC).

A incidência da leucemia varia de acordo com o tipo, por exemplo, a leucemia linfoide aguda é comum na infância, cerca de 80% dos casos. O aparecimento da doença se dá de forma súbita. Pode acometer também os adultos, mas é mais raro e quando ocorre, os casos são mais graves do que na criança. Já a leucemia mieloide aguda é comum em adultos, sendo rara em crianças. A doença progride conforme o avanço de idade. A leucemia mieloide crônica é mais prevalente nos adultos e a leucemia linfoide crônica em idosos.

Na leucemia aguda, a multiplicação celular é rápida, por isso a apresentação da doença é mais agressiva. Já nas crônicas, o processo é mais lento e os sintomas podem levar anos para aparecerem. Nas leucemias crônicas, diferentes das agudas, não há a perda da capacidade de maturação dos leucócitos, e sim a perda do controle de proliferação deles.

Os fatores de risco associados as leucemias podem incluir exposição à radiação, tratamento de radioterapia e quimioterapia, fatores hereditários, e fatores aleatórios, sem um agente etiológico especifico.

Conteúdo deste artigo

Sintomas

Nas leucemias agudas, os sintomas envolvem fraqueza, sintomas atribuídos a anemias, isso porque a grande produção de leucócitos atrapalha a produção das hemácias, dor nas articulações, cansaço, infecções, hemorragias, devido ao comprometimento das plaquetas, febre e manchas roxas e vermelhas na pele.

Nas leucemias crônicas, pode ocorrer aumento do baço, alterações digestórias e aumento de ínguas. Como a progressão das leucemias crônicas é mais lenta, a mesma pode ser assintomática.

Diagnóstico

Os exames de rotina, como hemograma, podem indicar a presença da doença, pois é possível avaliar a presença de anemias e de blastos, que são células indiferenciadas, predominantes no sangue do paciente com leucemia, além da diminuição das plaquetas. Após, a indicação é a procura de um hemocentro, local especializado no diagnóstico e tratamento da leucemia, onde será realizado o mielograma, baseado na punção da medula óssea, produtora do sangue.

A punção é realizada em ossos chatos como o esterno e os ossos da bacia. A partir do mielograma é possível verificar as características das células e as proteínas da membrana celular, além do cariótipo. A partir daí é possível classificar a leucemia aguda em mieloide ou linfoide. As leucemias podem ser confundidas com infecções ou com anemias, o que dificulta no diagnóstico precoce.A diferença entre leucemia aguda mieloide ou linfoide exige a avaliação laboratorial mais detalhada dos blastos.

Tratamento

O tratamento da leucemia depende do tipo e do estágio da doença. As abordagens terapêuticas mais comuns envolvem a quimioterapia, imunoterapia, radioterapia e o transplante de medula óssea. A princípio, o tratamento é realizado para a remissão do tumor e posteriormente administrados tratamentos adicionais, para prevenir uma recidiva. Em alguns casos de leucemia linfocítica crônica, é prescrito a vigilância monitorizada do paciente.

No transplante de medula óssea, as células estaminais podem ser do próprio paciente, chamado de autotransplante, onde as células são removidas, tratadas e congeladas e após o tratamento quimioterápico, as células são inseridas novamente ao paciente, ou o transplante alogênico, onde as células precursoras da medula provêm de um doador compatível. Uma técnica promissora para os transplantes de medula é a utilização de sangue do cordão umbilical.

Fontes:

https://www.hcancerbarretos.com.br/leucemia

https://www.h9j.com.br/centro-de-medicina-especializada/Paginas/patologias/leucemia.aspx

https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/leucemia

AVISO LEGAL: As informações disponibilizadas nesta página devem apenas ser utilizadas para fins informacionais, não podendo, jamais, serem utilizadas em substituição a um diagnóstico médico por um profissional habilitado. Os autores deste site se eximem de qualquer responsabilidade legal advinda da má utilização das informações aqui publicadas.
Este artigo foi útil? Considere fazer uma contribuição!