Linfoma é um termo genérico que não se aplica a apenas uma doença, mas sim a um grupo de várias doenças. É um câncer que, diferente dos outros tipos que tem origem em um tecido ou órgão, tem origem nas células do sistema linfático, que fazem parte do sistema imunológico, chamadas de linfócitos. O sistema é composto pelos vasos linfáticos, pelos gânglios linfáticos, chamados de linfonodos e por órgãos tais como o baço, o timo e as tonsilas (amígdalas) e esse sistema atua auxiliando no transporte de substâncias por todo o organismo. A doença pode acometer todas as idades, mas tem uma incidência maior em pessoas acima de 60 anos.
As células do sistema linfáticos circulam por todo o organismo e por isso, o linfoma pode começar em qualquer local do corpo, particularmente nos linfonodos e assim ocorrem as ínguas, que são um aumento desses linfonodos, presentes no pescoço, axila e virilha. Na grande maioria das vezes, o aumento dos linfonodos está relacionado a processos infecciosos e nesses casos as ínguas costumam ser dolorosas.
Indivíduos que tem um aumento progressivo dos linfonodos mas sem dor ou sem qualquer outra evidência de infecção devem procurar o médico.
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Causas
Não existe uma causa muito definida para o desenvolvimento do linfoma, porém, algumas associações estão bem estabelecidas como o vírus HTLV1, o vírus Epstein-Barr, a infecção pelo HIV e pela bactéria H. pylori, e a imunossupressão. A incidência da doença está aumentando nos últimos anos.
O linfoma foi descrito pela primeira vez pelo médico Thomas Hodgkin, em 1839. Os linfomas são divididos em dois grandes grupos, são eles: linfoma não-Hodgkin e o linfoma de Hodgkin. Os dois tipos se apresentam clinicamente de maneira semelhante, mas é importante diagnosticar devidamente, pois o prognóstico varia muito. O linfoma não-Hodgkin é o mais comum e apresenta vários subtipos, com prognósticos distintos, sendo os mais comuns o linfoma difuso de grandes células B (linfoma agressivo) e o linfoma folicular (linfoma indolente). A diferença entre o linfoma de Hodgkin e o linfoma não-Hodgkin está nas características das células malignas e só é possível diferenciá-los com a biópsia. Vamos falar um pouco de cada tipo.
- Linfoma de Hodgkin - O linfoma de Hodgkin representa 12% dos casos de linfomas e é distinto de outros tipos de linfoma pela presença de um tipo característico de célula grande, chamada célula de Reed-Sternberg. Estas células são linfócitos cancerosos grandes com mais de um núcleo.
- Linfoma não-Hodgkin - Os linfomas não-Hodgkin são os mais frequentes e a grande maioria tem origem nos linfócitos B. Ao contrário do linfoma de Hodgkin, os linfomas não -Hodgkin não têm um tipo celular característico, apresentando expressiva heterogeneidade morfológica, imunofenotípica e genética.
Sintomas
Os sintomas do linfoma não são específicos, o que dificulta no diagnóstico e podem se manifestar de variadas formas como a presença de ínguas indolores, febre, suor noturno excessivo, perda de peso, especialmente nos últimos 6 meses e coceira, sem precedentes de processos alérgicos. Esses sintomas podem estar presentes em inúmeras outras condições, como por exemplo a febre, envolvida em processos infecciosos e a coceira que pode estar associada a processos alérgicos. É importante ressaltar que é necessário o diagnóstico médico.
Tratamento
O tratamento depende do estágio do linfoma, mas geralmente são usados a quimioterapia e a radioterapia. Em casos mais graves, que não respondem à quimioterapia, pode-se tentar o transplante de medula óssea.
Fontes:
http://www.roche.pt/sites-tematicos/linfomas/index.cfm/o_que_e/sintomas/
http://www.inca.gov.br/wps/wcm/connect/tiposdecancer/site/home/linfoma_nao_hodgkin
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/doencas/linfoma/