Mielofibrose idiopática

Graduada em Medicina Veterinária (UFMS, 2009)

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A mielofibrose idiopática, também chamada de metaplasia mieloide idiopática, mielofibrose primária, trata-se de uma patologia da medula óssea, na qual esta última desenvolve tecido fibroso e sintetiza células sanguíneas anormais.

Como o próprio nome diz (idiopática=causa desconhecida), não se sabe qual a causa deste distúrbio.

Esta desordem acomete ambos os sexos e, comumente, é diagnosticada entre os 50 aos 70 anos de idade; todavia, pode ocorrer em qualquer idade. Estimativas apontam que 1 entre cada 1 milhão de indivíduos nascidos vivos apresentam mielofibrose idiopática.

Aproximadamente 25% dos indivíduos acometidos por esta condição são assintomáticos. No entanto, os pacientes sintomáticos costumam apresentar:

  • Esplenomegalia, gerando um desconforto na região superior esquerda do abdômen ou dor no ombro;
  • Fadiga;
  • Dispneia;
  • Perda de peso;
  • Sudorese noturna;
  • Sangramentos sem causa aparente.

Nos casos mais graves de mielofibrose idiopática, pode ser observado:

  • Tumores compostos por células sanguíneas em qualquer região do corpo;
  • Hipertensão portal, em decorrência da redução do fluxo sanguíneo para o fígado;
  • Veias esofágicas dilatadas (varizes de esôfago), que podem romper e sangrar.

Em indivíduos assintomáticos, este distúrbio pode ser descoberto durante um exame de rotina, quando o médico verifica a presença de esplenomegalia e alterações nos exames de sangue. Uma biópsia da medula óssea (mielograma) auxilia na confirmação do diagnóstico.

Indivíduos assintomáticos habitualmente não são tratados; contudo, exames de sangue devem ser realizados periodicamente para o monitoramento da desordem.

O tratamento para indivíduos sintomáticos visa minimizar os sintomas, bem como reduzir os riscos de complicações. Pacientes anêmicos podem receber ferro, folato e/ou transfusão sanguínea. Alguns fármacos, como prednisona ou ácido zoledrônico podem ser úteis. Quando o paciente apresenta elevada contagem de células sanguíneas, medicamentos como a hidroxiuréia ou o interferon alfa podem ser utilizados. Alguns pacientes podem necessitar da esplenectomia (remoção cirúrgica do baço), radioterapia ou transplante de medula óssea.

Fontes:
http://rarediseases.about.com/od/rarediseasesi/a/idiopathicmyelo.htm
http://en.wikipedia.org/wiki/Myelofibrosis
http://medical-dictionary.thefreedictionary.com/Idiopathic+myelofibrosis
http://www.lls.org/diseaseinformation/myeloproliferativediseases/idiopathicmyelofibrosis/

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Arquivado em: Doenças
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