Mola hidatiforme

Por Débora Carvalho Meldau

Graduada em Medicina Veterinária (UFMS, 2009)

Categorias: Doenças
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Mola hidatiforme, cientificamente conhecida como doença trofoblastica gestacional, é um tumor normalmente benigno que surge durante a gestação, apresentando potencialidade para evoluir para malignidade. Este tumor desenvolve-se a partir de células que restam após um aborto espontâneo ou uma gestação completa.

Este é o tumor trofoblástico mais comumente encontrado. Nos países desenvolvidos é observado em aproximada uma a cada 2000 gestações; costuma apresentar incidência muito mais alta em certos países em desenvolvimento. Em torno de 3% das gestações acometidas, o tumor converte-se em coriocarcinoma, uma neoplasia maligna que pode alastrar-se pela parede uterina, podendo até haver metástase para outros órgãos, caso não seja devidamente tratado.

As manifestações clínicas costumam ocorrer pouco tempo depois da concepção, ou então, do aborto. Náuseas e vômitos fortes são frequentemente observados, podendo estar presente também hemorragia vaginal. As complicações advindas dessa afecção são as infecções, hemorragias e toxemia da gravidez.

As molas hidatiformes são detectadas através da ecografia. Análises laboratoriais de urina e sangue evidenciam níveis elevados de gonadotrofina coriônica humana sintetizada pelo tumor em questão. O exame histopatológico da massa pode confirmar o diagnóstico.

O tumor deve ser removido por completo. Habitualmente, o tratamento de eleição é a curetagem por aspiração após dilatação do colo uterino, com exceção de alguns casos, onde se faz necessário a realização de um histerctomia.

Após o procedimento cirúrgico, mede-se a concentração de gonadotrofina coriônica humana para avaliar se a ressecção da mola hidatiforme foi total. Nos casos de mulheres que engravidam pouco tempo depois, fica difícil a interpretação do valor aumentado de gonadotrofina coriônica humana, pois este poderá ser resultado tanto de uma gravidez quanto de uma mola que não foi removida. Por este motivo, recomenda-se para pacientes com este problema, que não engravidem dentro do primeiro ano após a remoção da mola.

Quando este tumor evolui para o maligno, se faz necessária a realização de quimioterapia.

O índice de cura é de 100% nos casos em que a afecção não se encontra em estágio avançado, enquanto que nas que o tumor expandiu-se amplamente, gira em torno de 85%. A maior parte das pacientes curadas preserva a função reprodutora.

Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mola_hidatiforme
http://www.manualmerck.net/?id=265&cn=1714
https://web.archive.org/web/20160307012747/http://centrontg.org/informacionpacientes/pac1.html
http://www.scielo.br/pdf/rbgo/v31n2/08.pdf

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