Mosquitos transmissores de doenças

Graduado em Ciências Biológicas (UNIFESO, 2014)

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Os mosquitos são vetores de várias doenças, dependendo de sua espécie e a região que habita. Por serem hematófagos, os mosquitos fêmeas se alimentam de sangue quando se encontram em período de ovulação com finalidade de auxiliar na reprodução. Uma vez contaminado, o mosquito contém vírus, bactérias e protozoários que se alocam em suas glândulas salivares, infectando assim o indivíduo diretamente na corrente sanguínea.

O mosquito Aedes aegypti é originário do Egito na África. Com o clima favorável, o mosquito se espalhou em áreas tropicais e subtropicais, sendo ele responsável pelas doenças: dengue, febre amarela, zika e chikungunya. Essa espécie pica seres humanos geralmente durante o dia. Com epidemias de dengue e Zika vírus atuais, o controle da população do Aedes aegypti é um assunto de saúde pública. Muitas dessas patologias causadas por mosquitos tornaram-se epidemias mundiais.

Os sintomas iniciais da febre amarela são os mesmos de uma virose: febre, cefaleia, dores do corpo, fadiga e mal-estar. Posteriormente podendo evoluir para: Febre alta, diarreia, olhos e pele amarelados, delírios, convulsões, hemorragias e infartos.

O gênero Anopheles é transmissor da malária e da elefantíase (filaríase), preferindo temperaturas de 20°C a 30°C e ambientes úmidos; sua distribuição se dá em áreas tropicais e subtropicais. Cerca de 40 espécies dentro do gênero Anopheles são vetores de doenças. Cerca de 40% da população mundial está exposta a adquirir a malária; no Brasil sua principal área de contagio é a Amazônia, 99,7% dos casos da doença são registrados nessa área. Tais mosquitos têm hábito de picar durante o fim da tarde, ao anoitecer e durante a noite. Somente as fêmeas necessitam de sangue devido a reprodução e estão presentes tanto na área urbana como na rural. A Filaríase causa inchaço e inflamação nas pernas, dores no corpo, fadiga e cefaleia.

O mosquito-palha (Phlebotomus pappatasi) biologicamente não classificado na família dos mosquitos, mesmo apresentando características visuais de um, é o vetor da Leishmaniose. Causada pelos protozoários Leishmania donovani, Leishmania chagasi e Leishmania infantum, cada protozoário causa um tipo específico de Leishmaniose:

  • Leishmanioses tegumentares: Lesões na pele e ulceras.
  • Leishmaniose mucosa: Afeta as mucosas.
  • Leishmaniose visceral: Afeta o sistema linfáticos, baço, fígado e a medula óssea.

Além das hemorragias, a leishmaniose causa anemia, emagrecimento, imunodeficiência e febre. Os sintomas podem variar de acordo com o sistema imunológico de cada indivíduo. Infecções por bactérias e intensas hemorragias são as principais causas de morte do enfermo da leishmaniose.

Referências:
http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2015/12/por-que-o-mosquito-aedes-aegypti-transmite-tantas-doencas.html
http://auladengue.ioc.fiocruz.br/?p=68
http://www.scielo.br/pdf/rsp/v18n2/08.pdf
http://www.infectologia.org.br/malaria/
http://www.minhavida.com.br/saude/materias/17567-evitar-picada-de-mosquitos-previne-doencas-como-malaria-e-dengue
https://www.bio.fiocruz.br/index.php/febre-amarela-sintomas-transmissao-e-prevencao

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