A necrobiose lipoídica consiste em uma desordem crônica degenerativa do tecido conectivo dérmico, comumente ligada a pacientes que possuem diabetes, especialmente diabetes mellitus tipo 1, embora também possa afetar indivíduos que não sejam portadores dessa desordem.
Foi descrita primeiramente por Oppenheim , em 1929, e denominada dermatite atrofiante. Em 1932, esta desordem passou a ser chamada de necrobiose lipoídica diabeticorum, por Urbach. Em 1935, foram descritos casos de pacientes com este transtorno que não eram portadores da diabetes, gerando o termo utilizado atualmente, necrobiose lipoídica.
Os locais mais acometidos nesta desordem são os membros inferiores, especialmente a região pré-tibial, com padrões simétricos; todavia, também pode acometer os membros superiores. Clinicamente, esta condição apresenta-se com máculas ou placas de formato oval ou irregular, de crescimento centrífugo, que apresenta uma área central atrófica e/ou depressiva, com telangiectasias que, inicialmente, apresenta-se eritematosa e, com o tempo, torna-se amarelada. Na periferia da lesão, pode observar-se uma área de coloração castanho-avermelhada. Raramente pode haver prurido, dor, analgesia, hipo-hidrose e alopecia nos locais afetados.
O diagnóstico é alcançado por meio de uma biópsia de pele. O principal diagnóstico diferencial deve ser feito com o granuloma anular.
O tratamento é complicado e existe muita divergência entre os especialistas. Nos casos de pacientes diabéticos, o controle da glicemia mostra melhora no aspecto das lesões. O uso de corticoides tópicos e intralesional é a forma de tratamento mais utilizada, apesar de existir a chance de agravar a atrofia e/ou ulceração.
Fontes:
http://www.amrigs.com.br/revista/52-02/rc03.pdfhttp://www.moreirajr.com.br/revistas.asp?fase=r003&id_materia=5334