As onfalopatias infecciosas englobam todos os processos infecciosos que acometem a região umbilical, e são responsáveis por cerca de 75% da causa de condenação de carcaça de bezerros que são abatidos com idade entre 4 e 14 dias. A onfaloflebite faz parte desse grupo e é definida como o processo inflamatório que acomete a veia umbilical. Representa, aproximadamente, 30% das infecções umbilicais em bezerros. Geralmente, esta afecção acomete bezerros muito jovens.
Durante a vida fetal o umbigo é a via de comunicação entre a mãe e o feto, mas após o nascimento ele perde totalmente sua função, involuindo rapidamente dentro de alguns dias. Mas até que esse fechamento se complete, o umbigo passa a ser uma porta de entrada para microrganismos causadores de enfermidades. Sendo assim, a principal causa da onfaloflebite é a não realização, ou má realização da curo do umbigo logo após o nascimento. Esta deve ser realizada da seguinte maneira: após o nascimento o cordão umbilical deve ser cortado dois dedos abaixo da linha do abdômen e com o auxilio de uma seringa estéril, deve ser aplicada, no canal umbilical, uma solução de iodo a 10% ou algum similar e, em seguida, banhar o coto com esta mesma solução, mantendo aberto o canal para que haja a drenagem de qualquer líquido presente neste canal.
Os sintomas apresentados pelos animais acometidos são: aumento de volume no umbigo, com presença ou não de exudato, podendo estar exteriorizado ou não, o animal pode também apresentar dor abdominal. Sua evolução pode resultar em diversas afecções, como: leucocitose, bilirrubinemia, abscessos hepáticos, poliartrite e pneumonia. Esses sintomas são resultados da disseminação de microrganismos pela circulação sanguínea. Em casos mais severos, o animal pode apresentar apatia, febre e diarréia. Deve ser feito o diagnóstico diferencial com hérnia umbilical, esta por sua vez, desaparece quando é exercida uma pressão sobre ela.
Para tratar esta afecção, deve ser realizada uma limpeza da região com soluções antissépticas, além da aplicação de antibióticos por via parenteral. Já a profilaxia é feita através da assistência ao parto, não permitindo que o bezerro seja parido em locais sujos, fazendo a cura do umbigo logo após o nascimento, como já foi dito anteriormente.
Fontes:
http://www.rehagro.com.br/siterehagro/publicacao.do?cdnoticia=1048
https://web.archive.org/web/20100327214228/http://www.cnpgc.embrapa.br:80/publicacoes/doc/doc72/cuidadobez.html
https://web.archive.org/web/20070718030318/http://www.cpap.embrapa.br:80/publicacoes/online/COT16.pdf
https://web.archive.org/web/20061009012136/http://www.limousin.com.br/pages/artigos/vendo.asp?ID=77
http://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/CPPSE/11613/1/PROCI(CircT9MCSO1996.00115).pdf
http://www.rehagro.com.br/siterehagro/publicacao.do?cdnoticia=1780